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18/10/2004
-
11h55
da Folha Online
A prefeita licenciada de São Paulo, Marta Suplicy (PT), que tenta a reeleição, defendeu a realização de uma campanha agressiva e de demonstração de obras e projetos no segundo turno das eleições.
Marta, que tem 40% das intenções de voto contra 52% de José Serra (PSDB), segundo o Datafolha, afirmou ser necessário mostrar para os eleitores que o tucano era ministro do Planejamento na época do "apagão" e do "desemprego", e que o candidato a vice, Gilberto Kassab, foi secretário do Planejamento no primeiro ano do governo do ex-prefeito Celso Pitta (1997-2000).
Uma das armas do PT na campanha contra Serra tem sido destacar Kassab. O partido enfatiza que, caso o vice assuma a prefeitura, "é a turma do Pitta de volta".
Questionada se agora prefere fazer uma campanha mais agressiva do que demostrar suas ações na administração, Marta defendeu fazer os dois. "Você tem que fazer as duas coisas. Se Serra foi ministro do Planejamento durante o apagão e na época do desemprego, é claro que a população tem que ser informada sobre isso. Sobre o vice, é muito importante, porque quando governa, governa em parceria com o vice", disse, em entrevista à rádio CBN.
Apoios
Marta, que recebeu o apoio do ex-prefeito Paulo Maluf (PP) e do deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB) --o "gerentão" da administração Pitta--, alegou existir diferença entre receber apoio de pessoas ligadas a Pitta e ter um candidato a vice que integrou a equipe do ex-prefeito.
Ela negou sentir constrangimento em receber apoio de Maluf, Faria de Sá e do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que integrou a tropa de choque do ex-presidente Fernando Collor de Melo.
"Posso ter apoio de vários partidos, e tenho, muitos que nunca trabalharam conosco. Ao mesmo tempo não tenho nenhuma dessas pessoas como meu vice, nenhuma dessas pessoas participando do meu governo, e nem pretendo", disse.
"É muito diferente ter apoio do que você ter parceiro no governo. Eu tenho apoio e tenho o voto de Paulo Maluf. Aliás, eu não sei o que o Serra fez para ele, porque ele está com ojeriza do Serra. Então, o eleitor dele também é bom incorporar isso. Eu não sei o que tem por trás, mas alguma coisa séria deve ter", disse.
Marta afirmou que os partidos, até então de oposição, não vão participar de seu governo. "Nenhum deles tomará posse se porventura acontecer alguma fatalidade. Ninguém é Deus, temos que lidar com a realidade e, no caso do Serra, é mais do que qualquer fatalidade. É alguém que sai no meio dos cargos para disputar outras coisas."
Marta afirmou que não pôde mostrar todas suas ações na prefeitura durante a campanha do primeiro turno porque a imprensa foi "parcial" e porque havia uma avaliação ruim de seu governo.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Marta Suplicy
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Marta defende campanha agressiva no segundo turno
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A prefeita licenciada de São Paulo, Marta Suplicy (PT), que tenta a reeleição, defendeu a realização de uma campanha agressiva e de demonstração de obras e projetos no segundo turno das eleições.
Marta, que tem 40% das intenções de voto contra 52% de José Serra (PSDB), segundo o Datafolha, afirmou ser necessário mostrar para os eleitores que o tucano era ministro do Planejamento na época do "apagão" e do "desemprego", e que o candidato a vice, Gilberto Kassab, foi secretário do Planejamento no primeiro ano do governo do ex-prefeito Celso Pitta (1997-2000).
Uma das armas do PT na campanha contra Serra tem sido destacar Kassab. O partido enfatiza que, caso o vice assuma a prefeitura, "é a turma do Pitta de volta".
Questionada se agora prefere fazer uma campanha mais agressiva do que demostrar suas ações na administração, Marta defendeu fazer os dois. "Você tem que fazer as duas coisas. Se Serra foi ministro do Planejamento durante o apagão e na época do desemprego, é claro que a população tem que ser informada sobre isso. Sobre o vice, é muito importante, porque quando governa, governa em parceria com o vice", disse, em entrevista à rádio CBN.
Apoios
Marta, que recebeu o apoio do ex-prefeito Paulo Maluf (PP) e do deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB) --o "gerentão" da administração Pitta--, alegou existir diferença entre receber apoio de pessoas ligadas a Pitta e ter um candidato a vice que integrou a equipe do ex-prefeito.
Ela negou sentir constrangimento em receber apoio de Maluf, Faria de Sá e do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que integrou a tropa de choque do ex-presidente Fernando Collor de Melo.
"Posso ter apoio de vários partidos, e tenho, muitos que nunca trabalharam conosco. Ao mesmo tempo não tenho nenhuma dessas pessoas como meu vice, nenhuma dessas pessoas participando do meu governo, e nem pretendo", disse.
"É muito diferente ter apoio do que você ter parceiro no governo. Eu tenho apoio e tenho o voto de Paulo Maluf. Aliás, eu não sei o que o Serra fez para ele, porque ele está com ojeriza do Serra. Então, o eleitor dele também é bom incorporar isso. Eu não sei o que tem por trás, mas alguma coisa séria deve ter", disse.
Marta afirmou que os partidos, até então de oposição, não vão participar de seu governo. "Nenhum deles tomará posse se porventura acontecer alguma fatalidade. Ninguém é Deus, temos que lidar com a realidade e, no caso do Serra, é mais do que qualquer fatalidade. É alguém que sai no meio dos cargos para disputar outras coisas."
Marta afirmou que não pôde mostrar todas suas ações na prefeitura durante a campanha do primeiro turno porque a imprensa foi "parcial" e porque havia uma avaliação ruim de seu governo.
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