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12/11/2009 - 17h03

Pesquisa mostra que invasões de terra em SP aumentaram 88,9% em 2009

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da Folha Online

Levantamento realizado por pesquisadores do Nera (Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária), da Unesp, indica que o número de invasões de terra no primeiro semestre deste ano aumentou 88,9% em comparação ao mesmo período de 2008 no Estado de São Paulo.

Segundo a pesquisa, foram 36 invasões de janeiro a junho de 2008, contra 68 em 2009. As ocupações foram realizadas por dez movimentos: Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Fetraf (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar), Mast (Movimento dos Agricultores Sem Terra), MST da Base (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra da Base) --organizado pelo dissidente do MST José Rainha Júnior--, MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), Uniterra (Unidos na Luta pela Terra), Via Campesina e MTB (Movimento Terra Brasil).

Segundo o balanço, os movimentos mais atuantes neste período foram o MST, com 11 ocupações de terra, e o MST da Base, com 22 ocupações realizadas, sendo 19 em conjunto com outros movimentos.

A pesquisa indica ainda que o número de famílias organizadas no MST da Base saltou de 380 no primeiro semestre de 2008 para 2.486 no primeiro semestre de 2009, realizando nos meses de fevereiro, abril e junho 53 ocupações --78% do total de conflitos no campo no Estado de São Paulo, concentrando-se principalmente no Pontal do Paranapanema.

O Nera usou dados do Dataluta (Banco de Dados da Luta pela Terra), da Unesp, para comparar as ocupações de terra.

Comentários dos leitores
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 18h28
Sr Mauricio de Andrade.
Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
sem opinião
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Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Marcelo Takara (65) 01/02/2010 17h43
Acho que não me fiz entender direito.Valoriza-se mais as posses materiais do que a formação educacional. A agricultura familiar mudou muito, comparada àquela que se praticava décadas atrás. Sou de origem japonesa, meus avós foram agricultores, meu pai foi agricultor e migrou para cidade, onde conseguiu montar um comércio, graças a algumas boa colheitas. Detalhe: meu pai nunca foi proprietário de terras, sempre arrendou. Tenho alguns tios que continuaram na agricultura, no cultivo de hortaliças, e eles somente conseguem se manter porque se adaptaram, do contrário é difícil manter os custos. Atualmente, mesmo para tocar uma pequena propriedade, é necessário conhecimento técnico e qualificação para manejo sustentável, rotação de culturas, uso correto de fertilizantes e recuperação de solo. Ou seja eis a necessidade da QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. A má distribuição de riquezas é consequência funesta da incapacidade de nossos governantes em dar uma educação digna à toda população, daí o fato de haver o exército de desempregados nos grandes centros urbanos. Igualmente continuarão a levar uma vida miserável mesmo na posse de uma terra, se não houver capacitação técnica. Por outro lado, tem surgido muitas vagas de empregos em muitas cidades pequenas e médias do interior do Brasil, que não são preenchidas por falta de formação educacional. A distribuição de terras pode até ser uma solução para o campo, mas não é a única. A melhor solução é de longo prazo e é EDUCAÇÃO. sem opinião
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Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
Tiago Garcia (41) 01/02/2010 11h04
A lei é para todos sem exceção.
Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
2 opiniões
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