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27/10/2004
-
14h08
da Folha Online
Nesta quarta-feira (27), a Polícia Federal deflagrou uma operação de busca e apreensão em pelo menos três Estados contra a Kroll. A ação, batizada de Operação Chacal, também incluiu buscas na casa do presidente do Opportunity, o banqueiro Daniel Dantas.
A ação foi desencadeada em São Paulo e incluiu o cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal. Também foram feitas apreensões em escritórios do Rio de Janeiro e Brasília.
Saiba mais sobre o caso:
1) CONTRATAÇÃO DA KROLL
A Brasil Telecom, controlada pelo grupo Opportunity, de Daniel Dantas, decidiu contratar uma das maiores empresas de investigação do mundo, a americana Kroll, para investigar a Telecom Italia. Motivo: a empresa queria munição para uma guerra judicial que trava com a companhia italiana
2) ESPIONAGEM: JUSTIÇA E GOVERNO
Embora o objetivo formal do contrato fosse investigar a Telecom Italia, a espionagem esbarrou em membros do governo, prefeituras do PT e desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio e até empresários, conforme revelou a Folha de S.Paulo com base em relatórios da Kroll
JUSTIÇA - A Kroll investigou fraudes na distribuição de processos no Tribunal de Justiça do Rio. As fraudes foram apuradas em maio por uma comissão do próprio tribunal --o ponto de partida foi um processo envolvendo as teles. A investigação da Kroll no TJ teve como objetivo dar ao Opportunity vantagem em disputas judiciais contra fundos de pensão e contra a Telecom Itália
GOVERNO - A Kroll teve acesso a e-mails de Luiz Gushiken antes de ele assumir a Secretaria de Comunicação de Governo. A empresa também monitorou Cassio Casseb antes e já no seu cargo atual: presidente do Banco do Brasil. O motivo seriam as ligações deles com fundos de pensão públicos acionistas da Brasil Telecom
3) REAÇÃO DO GOVERNO
Após a reportagem da Folha, o governo Lula pediu que a AGU (Advocacia Geral da União) encontre os meios para processar a Kroll e a Brasil Telecom
4) PRISÃO DO ESPIÃO - A Polícia Federal investigava a Kroll como desdobramento de um inquérito sobre supostas irregularidades ligadas à falência da Parmalat. No último sábado, a PF prendeu o português Tiago Verdial, que trabalharia para a Kroll no Projeto Tóquio --esquema de investigação internacional sobre telefonia. Em ligações grampeadas pela polícia, Verdial diz usar métodos ilegais para investigações.Também era alvo da PF o agente do serviço secreto britânico aposentado conhecido por Bill, hoje fora do Brasil. Ele chefiaria o Projeto Tóquio
5) DEPOIMENTO
Carla Cicco, presidente da Brasil Telecom, e o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, foram convocados pela Polícia Federal para depor sobre o caso
Leia mais
PF deflagra operação contra empresa acusada de espionar governo
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Kroll
Leia o que já foi publicado sobre o banco Opportunity
Leia o que já foi publicado sobre operações da Polícia Federal
Entenda o caso da Kroll, acusada de espionar o governo federal
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Nesta quarta-feira (27), a Polícia Federal deflagrou uma operação de busca e apreensão em pelo menos três Estados contra a Kroll. A ação, batizada de Operação Chacal, também incluiu buscas na casa do presidente do Opportunity, o banqueiro Daniel Dantas.
A ação foi desencadeada em São Paulo e incluiu o cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal. Também foram feitas apreensões em escritórios do Rio de Janeiro e Brasília.
Saiba mais sobre o caso:
1) CONTRATAÇÃO DA KROLL
A Brasil Telecom, controlada pelo grupo Opportunity, de Daniel Dantas, decidiu contratar uma das maiores empresas de investigação do mundo, a americana Kroll, para investigar a Telecom Italia. Motivo: a empresa queria munição para uma guerra judicial que trava com a companhia italiana
2) ESPIONAGEM: JUSTIÇA E GOVERNO
Embora o objetivo formal do contrato fosse investigar a Telecom Italia, a espionagem esbarrou em membros do governo, prefeituras do PT e desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio e até empresários, conforme revelou a Folha de S.Paulo com base em relatórios da Kroll
JUSTIÇA - A Kroll investigou fraudes na distribuição de processos no Tribunal de Justiça do Rio. As fraudes foram apuradas em maio por uma comissão do próprio tribunal --o ponto de partida foi um processo envolvendo as teles. A investigação da Kroll no TJ teve como objetivo dar ao Opportunity vantagem em disputas judiciais contra fundos de pensão e contra a Telecom Itália
GOVERNO - A Kroll teve acesso a e-mails de Luiz Gushiken antes de ele assumir a Secretaria de Comunicação de Governo. A empresa também monitorou Cassio Casseb antes e já no seu cargo atual: presidente do Banco do Brasil. O motivo seriam as ligações deles com fundos de pensão públicos acionistas da Brasil Telecom
3) REAÇÃO DO GOVERNO
Após a reportagem da Folha, o governo Lula pediu que a AGU (Advocacia Geral da União) encontre os meios para processar a Kroll e a Brasil Telecom
4) PRISÃO DO ESPIÃO - A Polícia Federal investigava a Kroll como desdobramento de um inquérito sobre supostas irregularidades ligadas à falência da Parmalat. No último sábado, a PF prendeu o português Tiago Verdial, que trabalharia para a Kroll no Projeto Tóquio --esquema de investigação internacional sobre telefonia. Em ligações grampeadas pela polícia, Verdial diz usar métodos ilegais para investigações.Também era alvo da PF o agente do serviço secreto britânico aposentado conhecido por Bill, hoje fora do Brasil. Ele chefiaria o Projeto Tóquio
5) DEPOIMENTO
Carla Cicco, presidente da Brasil Telecom, e o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, foram convocados pela Polícia Federal para depor sobre o caso
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