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29/10/2004 - 18h00

Campanha de Serra diz que "terrorismo" do PT pode influenciar pesquisas

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CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online

A coordenação da campanha do candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, reuniu-se na manhã desta sexta-feira para avaliar estratégias da campanha a três dias das eleições. Uma das conclusões foi que o PT faz "terrorismo" na cidade e que isso estaria refletindo-se nas últimas pesquisas de intenção de voto.

"O PT é um partido que patrulha muito, cobra, exige, e está fazendo um clima de terrorismo na cidade de São Paulo. Deve haver uma parte do eleitorado que está constrangida em manifestar seu voto. As pessoas se amedrontam. Ao serem abordadas na pesquisa, elas --pelo medo, pelo constrangimento-- podem revelar um voto que não é o que será sufragado na urna", disse o deputado federal Walter Feldman, um dos coordenadores da campanha de Serra.

De acordo com ele, o eleitor, por estar sozinho na hora de votar, sente-se livre para fazer a sua escolha o que pode levar ao resultado das urnas ser diferente do das pesquisas.

"A pessoa se sente liberada quando está sozinha na urna para dizer o que pensa, mas no dia-a-dia, e, às vezes, até na própria pesquisa, alguns podem revelar um voto que não seja exatamente esse."

O presidente nacional do PT, José Genoino, disse que as declarações de Feldman são lamentáveis. "É um despropósito que um deputado federal diga isso. Ele está apavorado. O PT está com tudo. Estamos ganhando no final do jogo." Ítalo Cardoso, deputado estadual petista e coordenador-geral da campanha de Marta, disse que as afirmações do deputado tucano são um "delírio".

Nas últimas pesquisas divulgadas nesta semana, a diferença entre Serra e Marta diminuiu. Segundo o Datafolha, a diferença, antes de dez pontos, caiu para sete. Serra tem 49% das intenções de voto contra 42% de Marta. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

No Ibope, A vantagem do tucano caiu de 14 para 9 pontos. Serra aparece com 49%, e Marta, 40%. Nessa sondagem, a margem de erro é de três pontos.

1º turno

Feldman afirma que isso ocorreu no 1º turno, quando o número de votos revelado nas urnas foi diferente da intenção de voto apontada nas últimas pesquisas. "O 1º turno revelou uma diferença muito grande de votos favoráveis ao Serra porque aconteceu esse voto 'enrustido'. Será que não vai se repetir o fenômeno?"

No 1º turno, o tucano venceu com 2.686.396 votos, o que representou 43,56% dos votos válidos, enquanto a petista teve 2.209.264 (35,82%). Na pesquisa Datafolha realizada na véspera e na antevéspera da eleição, Serra apareceu com 40%, e Marta, com 37%.

Com base nessa análise, a coordenação da campanha conclui que é preciso reduzir o terrorismo do PT e aumentar o trabalho da militância tucana nas ruas. "Além disso, é importante a convicção dos coordenadores, e do próprio Serra, de que a batalha será até o último minuto. Nada de 'já ganhou'."

Hoje, no centro, militantes e coordenadores se reuniram para fazer campanha. Além do candidato a vice, Gilberto Kassab (PFL), compareceram o coordenador-geral da campanha, José Henrique Reis Lobo, e o vereador eleito pela sigla, José Aníbal. Preparando-se para o debate, Serra não participou do ato.

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