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Rui Fragoso passa à frente de D'Urso e lidera disputa pela presidência da OAB-SP
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da Folha Online
Apurações parciais da eleição para a presidência da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo indicam que o candidato de oposição Rui Fragoso passou à frente do atual ocupante do cargo, Luiz Flávio D'Urso.
Segundo balanço divulgado às 12h pela assessoria da OAB, das 714 urnas, 238 já foram apuradas. Até agora, Fragoso tem 18.834 votos, contra 17.254 para D'Urso.
Em terceiro lugar aparece o candidato de oposição Hermes Barbosa, com 5.836, seguido por Leandro Pinto, com 5.006. Os votos nulos totalizam 3.341 e os brancos, 2.538.
Ontem, Fragoso chegou a contestar a apuração divulgada pela assessoria de D'Urso, que apontava vitória do candidato à reeleição.
Segundo o presidente da Comissão Eleitoral da OAB-SP, Marcio Cammarosano, a totalização dos votos está prevista para esta quinta-feira (19). Como a votação foi realizada em todo o Estado, os boletins deverão ser enviados a São Paulo pelo correio.
A Ordem em São Paulo tem 295 mil inscritos e 217 mil advogados ativos, com direito a voto. Ao todo, serão 406 chapas disputando 1.148 cargos em todo o Estado, sendo 133 na seccional (Conselho, Diretoria, Conselheiros Federais e Caixa de Assistência) e 1.115 nas diretorias das 223 subsecções.
O voto é obrigatório e a eleição decidida em turno único. Quem não pode votar ontem deve justificar sua ausência até 16 de dezembro. A falta do voto ou da justificativa pode acarretar o pagamento de multa de 20% do valor da anuidade (R$ 700).
Representação
Aliados de D'Urso entraram com uma representação nesta terça-feira para que o Ministério Público Federal investigue uma suposta fraude na enquete divulgada no site do advogado Rui Fragoso.
Na representação, os aliados de D'Urso questionam a veracidade do resultado da enquete, na qual os advogados foram questionados sobre serem a favor ou contra uma segunda reeleição na entidade.
Os aliados se basearam no relatório da empresa Crowe Horwath RCS, que fez auditoria no site de Fragoso. A empresa concluiu que cada vez que o internauta se dizia "a favor" do terceiro mandato, eram computados quatro votos para a opção "contra". A enquete foi tirada do ar na mesma semana em que o relatório foi divulgado.
Segundo o advogado Arles Gonçalves Júnior, um dos que assina a representação, os procuradores podem ou não abrir uma investigação para apurar se houve materialidade e autoria de crime. Caso a suspeita seja confirmada, os procuradores devem indiciar os responsáveis pela irregularidade no resultado da enquete.
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Não creio, no entanto, num caso tão grave, onde deveria haver rigor na apuração das denúncias mais que evidentes e, derrepente é excluido de seu site, um assunto como esse, que além de interesse nacional é todo atual.
Já basta o exemplo da UNE, que anteriormente agia somente em defesa da cidadania, da ética e da dignidade, entretanto hoje está mais que partidarizada, está verdadeiramente não só dependente e como manipulada pelo governo.
Creio que a OAB não sugeitaria a algo dessa natureza, entretanto, há uma eminente necessidade de demonstração de que ela não se trata simplesmente de uma organização representativa, como também um agente fiscalizador, que não pode colocar em risco sua credibilidade.
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