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01/11/2004 - 18h05

PT não foi eficiente para combater "frente" da oposição, diz Genoino

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da Folha Online

O presidente nacional do PT, José Genoino, evitou atribuir às reações pessoais da prefeita Marta Suplicy (PT) a derrota em São Paulo. Para Genoino, houve uma ineficiência por parte do partido em combater a "frente" criada pelo prefeito eleito José Serra (PSDB) contra Marta e o próprio PT.

Essa frente incluiria desde a estratégia política do adversário em tentar colar em Marta a imagem de arrogante até a neutralidade de partidos no segundo turno das eleições. Na visão de Genoino, essas neutralidades --a do PMDB e de Luiz Erundina, por exemplo-- significaram uma atitude anti-Marta.

"Tivemos uma campanha em São Paulo que, do ponto de vista da frente que se formou, que foi muito mais do contra ao PT, do contra a Marta, inclusive tentando estigmatizar o PT com alguns preconceitos incentivados em parte da população, evidentemente que não fomos eficientes para desmontar, para enfrentar essa frente", disse, durante entrevista na Executiva Nacional do partido, centro de São Paulo.

Para Genoino, o problema ficou mais evidente no segundo turno. "No primeiro turno essa frente teve uma dificuldade de se constituir e se colocou mais visível no segundo turno. O adversário foi mais eficiente para fazer uma campanha muito mais anti-PT do que uma campanha afirmando projetos de políticas públicas."

O presidente do PT defendeu Marta. Disse que ela saiu fortalecida das eleições e que suas atitudes, como discutir com eleitores, não afetaram seu desempenho. "Isso não é fator decisivo na campanha, mas houve uma exploração política. Política no Brasil tem um traço machista, e se incentivou um preconceito. [Serra] centrava debate em questões de estilo [de Marta]."

Genoino afirmou ainda que o PT é um partido de mudanças e, assim, enfrenta resistências dentro de segmentos da sociedade. O partido fará uma avaliação do desempenho no país. "O PT sabe ganhar e sabe perder, e está calejado para isso", disse.

Nos próximos dias 29 e 30 de novembro, os prefeitos eleitos vão se reunir em Brasília para o PT "organizar a intervenção do partido nas cidades".

O presidente do PT afirmou que os resultados municipais não afetarão as eleições de 2006.

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