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19/11/2009 - 08h50

Desavenças levam tucanos a antecipar debate sobre 2010

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ANDREZA MATAIS
ADRIANO CEOLIN
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Presidentes de diretórios estaduais do PSDB aumentaram ontem a pressão para que o partido defina no máximo até janeiro seu candidato à Presidência na disputa de 2010. Chamados para uma reunião que iria discutir as alianças políticas, direcionaram a pauta para a definição sobre a disputa presidencial, o que deixou o presidente da sigla, Sérgio Guerra (PE), numa saia-justa.

Ao mesmo tempo, o DEM reforçou a cobrança ao PSDB também pela definição do nome do candidato. Os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, disputam a vaga. Serra defende uma definição apenas em março; Aécio até o final do ano. "Cem por cento do partido querem antecipar a discussão. É um dado para os candidatos, nada mais", minimizou Guerra.

Embora apoiem o cronograma defendido por Aécio, presidentes estaduais levaram uma notícia ruim para o governador de Minas. Diante do presidente estadual do PSDB mineiro, Paulo Abi-Ackel, apresentaram pesquisas segundo as quais Serra tem hoje melhor performance nos Estados. "A maioria manifestou preferência por Serra", disse o presidente do PSDB do Maranhão, Roberto Rocha.

Sem citar o encontro de Aécio com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), tucanos reclamaram do risco de "tensionamento" entre os dois. "A cada movimento que um faz, o outro reage. E isso pode ficar incontrolável", alertou Cláudio Diaz (PSDB-RS).

Dos 22 presidentes estaduais que participaram do encontro, apenas os de São Paulo e Bahia foram contra antecipar a discussão da candidatura. "Só deve antecipar se tiver um fato marcante, como uma chapa puro sangue, caso contrário é antecipar problema", disse o ex-prefeito de Salvador Antonio Imbassahy.

O argumento para a antecipação é que a candidata do governo, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), está em campanha, permitindo a costura de alianças nos Estados. Levantamento do PSDB indica que em pelo menos 12 Estados as alianças dependem da definição para a Presidência. A lista inclui Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Pernambuco. No encontro, perguntaram a Abi-Ackel se Aécio apoiaria Serra em Minas caso não seja o escolhido. Ele devolveu com outra pergunta antes de responder que sim: "E Serra apoiaria Aécio em São Paulo?" Ficou sem resposta.

A indefinição também dá margem a "ingerências" como a de Ciro Gomes, pré-candidato do PSB, que anunciou apoio a Aécio caso ele seja candidato. "O Ciro tem toda liberdade de apoiar quem quiser, mas não acredito que o partido dele troque a Dilma", disse Guerra. O DEM reuniu-se em Brasília em almoço promovido pelo governador José Roberto Arruda (DF), com objetivo de "mostrar unidade", já que nas últimas semanas grupos têm mostrado divergências sobre quem o partido deve apoiar.

"A divergência que existe é que alguns têm preferência por um candidato do PSDB, outros por outros. Eu prefiro o candidato Serra. Entendo e respeito os outros", afirmou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Ele e o ex-presidente do DEM Jorge Bornhausen promovem uma queda de braço com o presidente do DEM, Rodrigo Maia, para comandar as negociações com o PSDB. Sentido-se excluído das conversas com Serra, Maia passou a defender o nome de Aécio. Ontem, nenhum deles se manifestou na reunião. Apenas o governador Arruda discursou.

O ex-prefeito Cesar Maia não foi ao encontro. Recentemente, ele também defendeu o nome de Aécio. "Quem tratará das conversas com o PSDB é o presidente Rodrigo Maia", disse ACM Neto (DEM-BA).

Alvo de críticas dos tucanos, o encontro de Ciro com Aécio causou tremores no PSB. Líder do partido no Senado, Antônio Carlos Valadares (SE) acusou Ciro de tratar o partido como descartável. "O PSB está em segundo plano. Em primeiro, Aécio Neves. chefe de Ciro é Aécio Neves", protestou o senador, que quer aliança com Dilma.

Colaborou CATIA SEABRA, da Folha de S.Paulo

Comentários dos leitores
petra fan (32) 02/02/2010 21h26
petra fan (32) 02/02/2010 21h26
o sindicato que está no poder passou 20 anos jurando que queria governar para mudar "tudo isso que está aí".
hoje, tem uma escumalha a compor sua base de governo, institutos de pesquisa amigos que lhe conseguem amostras sortudas, e uma tropa de tonton macoutes a demonstrar sua verve "democrática" na internet.
é impressionante.
sem opinião
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Claudio Rocha (434) 02/02/2010 20h00
Claudio Rocha (434) 02/02/2010 20h00
Quando governo é atuante os desastres provocados pela natureza são diminuidas. O que ocorre em SP com as enchentes é igual ao que ocorreu no governo Bush em New Orleans, USA, com o KATRINA. onde o governo, todos sabiam a quem defendia e a quem representava. O que permitiu que um fenomeno da natureza devastasse a cidade, mostrando o sofrimento e a miseria que os poderosos tanto se empenham em esconder....São Paulo uma cidade triste, população se sente abandonada por aqueles no qual confiou seu voto.... Esse deveria ser o lema do PSDB: Brasil um Pais para poucos 5 opiniões
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Você sabia que no Paraguai (que não tem nenhum poço de petróleo) a gasolina custa R$ 1,45 o litro e sem adição de álcool . Na Argentina, Chile e Uruguai que juntos (somados os 3) produzem menos de 1/5 da produção brasileira, o preço da gasolina gira em torno de R$ 1,70 o litro e sem adição de álcool. Você sabia, que já desde o ano de 2007 e conforme anunciado aos "quatro ventos" pelo LULA e sua Ministra DILMA... o Brasil já é AUTO-SUFICIENTE em petróleo e possui a TERCEIRA maior reserva de petróleo do MUNDO.
Realmente, só tem uma explicação para pagarmos R$ 2,67 o litro: a GANÂNCIA do Governo com seus impostos e a busca desenfreada dos lucros exorbitantes da nossa querida e estimada estatal brasileira que refina o petróleo por ela mesma explorado nas "terras tupiniquins", então o "velho PT", lembram-se deles, quando oposição???Vão ao MP,contra o Serra devido as enchentes........e dá para entender???
8 opiniões
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