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02/11/2004
-
17h55
da Folha Online
Os presidentes dos 19 países que formam o Grupo do Rio iniciam nesta quinta-feira na capital fluminense o 18º encontro de chefes de Estado do organismo, com a atenção centrada na missão de paz no Haiti.
A delegação brasileira tem especial interesse em dedicar parte importante das conversações à questão haitiana, já que os enfrentamentos armados entre partidários e adversários do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide tem deixado dezenas de mortos.
Neste sentido, existe a preocupação pela demora na chegada de ajuda financeira, em um contexto em que a violência política se soma a devastação provocada por recentes catástrofes naturais no país.
O assessor para assuntos internacionais do governo brasileiro, Marco Aurélio Garcia, disse que há receio de alguns países em liberar recursos, uma vez que faltam no Haiti instituições sólidas para receber o dinheiro e encaminhá-lo.
Além da questão do Haiti, outros pontos também devem estar na pauta das discussões. O primeiro é a situação da OEA (Organização dos Estados Americanos), cuja secretaria-geral se encontra vazia desde a renúncia do costa-riquenho Miguel Angel Rodríguez, acusado de corrupção em seu país.
Outro aspecto é quanto à presença de Cuba. Em agosto passado, durante uma reunião preparatória para o encontro, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, sugeriu claramente que tenha início um diálogo para reintegrar Cuba a "grande família latino-americana".
Além disso, a reunião começará quando possivelmente já será conhecido o nome do vencedor nas eleições americanas. Ainda que o tema não esteja na agenda, dificilmente estará fora das conversas.
O encontro no Rio também será cenário para negociações bilaterais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende ter um encontro com o presidente boliviano, Carlos Mesa, para tratar dos royalties que a Petrobras deverá pagar ao governo boliviano.
Nos dias 4 e 5, Lula estará no Rio de Janeiro para participar da 18ª reunião de chefes de Estado e de governo do Grupo do Rio. O encontro começou hoje, com a reunião de trabalho dos coordenadores nacionais.
Criado em 1986, o Grupo do Rio é um mecanismo permanente de consulta. Além do Brasil, dezoito países integram o grupo: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Nicarágua, Paraguai, Panamá, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
Com a France Presse
Chefes de Estado do Grupo do Rio se reúnem nesta quinta
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Os presidentes dos 19 países que formam o Grupo do Rio iniciam nesta quinta-feira na capital fluminense o 18º encontro de chefes de Estado do organismo, com a atenção centrada na missão de paz no Haiti.
A delegação brasileira tem especial interesse em dedicar parte importante das conversações à questão haitiana, já que os enfrentamentos armados entre partidários e adversários do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide tem deixado dezenas de mortos.
Neste sentido, existe a preocupação pela demora na chegada de ajuda financeira, em um contexto em que a violência política se soma a devastação provocada por recentes catástrofes naturais no país.
O assessor para assuntos internacionais do governo brasileiro, Marco Aurélio Garcia, disse que há receio de alguns países em liberar recursos, uma vez que faltam no Haiti instituições sólidas para receber o dinheiro e encaminhá-lo.
Além da questão do Haiti, outros pontos também devem estar na pauta das discussões. O primeiro é a situação da OEA (Organização dos Estados Americanos), cuja secretaria-geral se encontra vazia desde a renúncia do costa-riquenho Miguel Angel Rodríguez, acusado de corrupção em seu país.
Outro aspecto é quanto à presença de Cuba. Em agosto passado, durante uma reunião preparatória para o encontro, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, sugeriu claramente que tenha início um diálogo para reintegrar Cuba a "grande família latino-americana".
Além disso, a reunião começará quando possivelmente já será conhecido o nome do vencedor nas eleições americanas. Ainda que o tema não esteja na agenda, dificilmente estará fora das conversas.
O encontro no Rio também será cenário para negociações bilaterais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende ter um encontro com o presidente boliviano, Carlos Mesa, para tratar dos royalties que a Petrobras deverá pagar ao governo boliviano.
Nos dias 4 e 5, Lula estará no Rio de Janeiro para participar da 18ª reunião de chefes de Estado e de governo do Grupo do Rio. O encontro começou hoje, com a reunião de trabalho dos coordenadores nacionais.
Criado em 1986, o Grupo do Rio é um mecanismo permanente de consulta. Além do Brasil, dezoito países integram o grupo: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Nicarágua, Paraguai, Panamá, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
Com a France Presse
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