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03/11/2004 - 19h44

ACM e César Borges atacam governo após derrota em Salvador

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

Derrotado na disputa à Prefeitura de Salvador (BA), o senador pefelista César Borges e seu "padrinho" político, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), atacaram duramente o governo nesta quarta-feira, no Plenário da Casa.

O senador baiano teve o pior desempenho entre os candidatos derrotados em segundo turno e recebeu apenas pouco mais de 25% dos votos válidos.

César Borges acusou hoje o governo de "inescrupuloso uso" da máquina administrativa. "A posição do PT na Bahia nos deixou decepcionados pelo uso da máquina pública. Não é um partido confiável", afirmou.

"Padrinho" político de Borges, o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) fez coro às críticas. Segundo ele, em "seis meses ou um ano" os eleitores de Salvador já estarão decepcionados com a administração de João Henrique, candidato do PDT eleito no último domingo.
Ataque de ACM.

Ataque de ACM

Após manifestar sua descrença sobre o prefeito eleito da Bahia, ACM disparou contra o governo Lula. ACM criticou a atuação de ministros na campanha eleitoral na Bahia e chamou Humberto Costa (Saúde) de "incompetente" e "cínico".

ACM prometeu apresentar em Plenário vídeos mostrando o que o ministro da Saúde afirmou nos palanques baianos. "Ele já mostrou a incompetência como parlamentar e agora como ministro."

O senador citou ainda o escândalo no processo de licitação para compra de hemoderivados no Ministério da Saúde, que culminou na "Operação Vampiro" da Polícia Federal. Pelas apurações da PF, um grupo manipulava as compras da pasta por meio do pagamento de propina. Foi apontado como o coração da fraude a Coordenadoria Geral de Recursos Logísticos do ministério.

No início da operação, em maio, foram presas 17 pessoas, entre funcionários do ministério, lobistas e empresários. Depois disso, a Saúde mudou a forma de compra de medicamentos, colocou informações na internet e determinou a abertura de investigações.

Outro lado

Em nota oficial divulgada logo após o discurso de ACM, a assessoria do ministério da Saúde diz que Humberto Costa esteve na Bahia para lançar dois programas para o atendimento da população de baixa renda.

De acordo com a nota, em uma das solenidades o ministro esteve acompanhado de aliados de ACM, como o prefeito de Salvador, Antônio Imbassahy, e o governador da Bahia, Paulo Souto.

"Um dos programas, a Farmácia Popular, inclusive, foi lançado nacionalmente em Salvador com as presenças do presidente Lula e do prefeito e do governador da Bahia, ambos aliados do senador Antonio Carlos Magalhães", diz a nota.

Quanto às acusações de ACM sobre a "Operação Vampiro", o ministério lembra que foi Humberto Costa que acionou a Polícia Federal para investigar o caso.

O líder PT no Senado, Tião Viana (AC), lamentou o comportamento dos parlamentares baianos. "Aqueles que reagem com o fígado, perderão na política. Os que agirem com o interesse nacional, ganharão", afirmou.

Especial
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