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03/11/2004
-
21h15
MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba
A aliança PT-PMDB formada no Paraná em torno da candidatura de Ângelo Vanhoni (PT) à Prefeitura de Curitiba começou a ruir com uma troca de acusações na busca dos culpados pela derrota. A crise foi desencadeada pelo presidente do PT paranaense, deputado estadual André Vargas.
Em entrevistas, ontem, ele apontou o governador Roberto Requião (PMDB) como o responsável pela derrota de Vanhoni em Curitiba (vencida pelo tucano Beto Richa) e dos candidatos que disputaram o segundo turno em Maringá, João Ivo Caleffi, e Ponta Grossa, Péricles de Mello.
O PT só venceu em Londrina, base de Vargas, onde o prefeito Nedson Micheleti se reelegeu derrotando o ex-prefeito Antonio Belinati (PSL).
Segundo Vargas, as críticas do governador à política econômica adotada no governo de Luiz Inácio Lula da Silva pesaram contra os candidatos do PT no Paraná. Ele também acusou Requião de não ter dado "o gerenciamento devido" às negociações da coligação PT-PMDB.
A avaliação negativa mobilizou os "bombeiros" dos dois partidos ontem, mas eles não conseguiram evitar que o chefe da Casa Civil de Requião, Caíto Quintana, divulgasse nota acusando Vargas de mostrar "personalidade do parlamentar de solidariedade apenas na vitória e falta de companheirismo na derrota".
Requião está sumido desde o dia da eleição. A última vez que ele apareceu em público foi ao acompanhar Vanhoni para votar, pela manhã. Sua assessoria informou que ele viajou para descansar e retoma as atividades até segunda-feira. Na semana que antecedeu a eleição, o governador tirou licença do cargo para trabalhar pelos petistas.
No final da tarde de ontem, o Palácio Iguaçu (sede do governo do Paraná) divulgou uma carta do presidente do PT de Curitiba, Roberto Salomão, em que ele afirma que "o PT não esquecerá o empenho e o desassombro" com que Requião se dedicou à candidatura de Vanhoni.
Também ontem, Vargas se viu pressionado a reavaliar suas críticas. Em outra nota oficial, ele afirma reconhecer que Requião "teve papel importante na condução das eleições municipais" e "quando acompanhou Vanhoni". Mas também afirmou que "a hora é de autocrítica dos dois lados em busca de harmonia na aliança".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Roberto Requião
Leia mais notícias no especial Eleições 2004
Aliança PT-PMDB racha após derrota em Curitiba
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da Agência Folha, em Curitiba
A aliança PT-PMDB formada no Paraná em torno da candidatura de Ângelo Vanhoni (PT) à Prefeitura de Curitiba começou a ruir com uma troca de acusações na busca dos culpados pela derrota. A crise foi desencadeada pelo presidente do PT paranaense, deputado estadual André Vargas.
Em entrevistas, ontem, ele apontou o governador Roberto Requião (PMDB) como o responsável pela derrota de Vanhoni em Curitiba (vencida pelo tucano Beto Richa) e dos candidatos que disputaram o segundo turno em Maringá, João Ivo Caleffi, e Ponta Grossa, Péricles de Mello.
O PT só venceu em Londrina, base de Vargas, onde o prefeito Nedson Micheleti se reelegeu derrotando o ex-prefeito Antonio Belinati (PSL).
Segundo Vargas, as críticas do governador à política econômica adotada no governo de Luiz Inácio Lula da Silva pesaram contra os candidatos do PT no Paraná. Ele também acusou Requião de não ter dado "o gerenciamento devido" às negociações da coligação PT-PMDB.
A avaliação negativa mobilizou os "bombeiros" dos dois partidos ontem, mas eles não conseguiram evitar que o chefe da Casa Civil de Requião, Caíto Quintana, divulgasse nota acusando Vargas de mostrar "personalidade do parlamentar de solidariedade apenas na vitória e falta de companheirismo na derrota".
Requião está sumido desde o dia da eleição. A última vez que ele apareceu em público foi ao acompanhar Vanhoni para votar, pela manhã. Sua assessoria informou que ele viajou para descansar e retoma as atividades até segunda-feira. Na semana que antecedeu a eleição, o governador tirou licença do cargo para trabalhar pelos petistas.
No final da tarde de ontem, o Palácio Iguaçu (sede do governo do Paraná) divulgou uma carta do presidente do PT de Curitiba, Roberto Salomão, em que ele afirma que "o PT não esquecerá o empenho e o desassombro" com que Requião se dedicou à candidatura de Vanhoni.
Também ontem, Vargas se viu pressionado a reavaliar suas críticas. Em outra nota oficial, ele afirma reconhecer que Requião "teve papel importante na condução das eleições municipais" e "quando acompanhou Vanhoni". Mas também afirmou que "a hora é de autocrítica dos dois lados em busca de harmonia na aliança".
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