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04/11/2004 - 10h07

Críticas de Garreta a senador são corretas, dizem petistas

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CHICO DE GOIS
da Folha de S.Paulo

O presidente municipal do PT e coordenador-geral da campanha derrotada de Marta Suplicy à reeleição, Ítalo Cardoso, disse ontem que concorda com o teor da entrevista à Folha do secretário de Abastecimento de São Paulo, Valdemir Garreta, que apontou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), ex-marido de Marta, como um dos responsáveis pela criação e divulgação do preconceito de que seria vítima a prefeita.

"Concordo com a entrevista dele", disse Cardoso. "O que ele falou é fato." Garreta disse que Suplicy "em vários momentos constrangeu a Marta". Para justificar seu raciocínio, o secretário afirmou que, logo após a separação, "ele se colocou o tempo todo na mídia como vítima, transformando a Marta numa pessoa insensível, arrogante e indiferente ao que ele sentia".

Ítalo Cardoso não quis fazer considerações mais aprofundadas sobre a entrevista nem sobre as causas da derrota de Marta, mas disse que as afirmações de Garreta "são mais uma avaliação, como as que já fizeram Delúbio Soares [tesoureiro do Diretório Nacional], José Genoino [presidente nacional do PT], José Eduardo Cardozo [deputado federal] e José Dirceu [ministro da Casa Civil]".

As declarações de Garreta também foram avalizadas pelo líder do PT na Assembléia Legislativa, Cândido Vaccarezza. "O Garreta é uma pessoa bem informada, próximo à prefeita, e ele fez uma avaliação ponderada; em linhas gerais, eu concordo."

Integrantes da direção estadual do partido, que pediram para ter seus nomes preservados, disseram que a entrevista do secretário de Marta deixou "eufóricos" alguns integrantes, que têm a mesma avaliação de Garreta sobre os supostos "problemas" causados por Suplicy na campanha.

"Estava entalado na garganta", disse um dos membros da Executiva Estadual do PT.

A julgar pelas declarações dessas lideranças municipais, estaduais e nacionais do PT, o senador viverá o purgatório neste pós-eleição e, provavelmente, terá de enfrentar o mesmo que, em 2002, impôs ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva: uma prévia.

Suplicy é o nome natural para disputar o Senado pelo partido em 2006, mas já há quem defenda a idéia de haver disputa interna pela vaga.

Embora considerado um dos maiores expoentes petistas em termos de aceitação popular, Suplicy há muito deixou de ser consenso positivo dentro do PT.

Um membro do Diretório Nacional afirmou que a indisposição dos petistas contra o senador começou quando ele insistiu em disputar com Lula as prévias para presidente em 2002. "Dentro do partido, o Suplicy não tem aquela aura com a qual os militantes e eleitores o vêem", afirmou.

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