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26/11/2009 - 07h43

Servidores ameaçam greve contra plano de Yeda Crusius

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GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Porto Alegre

Depois de enfrentar escândalos de corrupção, a governadora Yeda Crusius (PSDB) enviou um pacote de leis à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul que pode desencadear greves de servidores públicos e se refletir em na tentativa de reeleição da tucana, em 2010.

O pacote de leis enviado à Assembleia altera planos de carreira dos servidores estaduais.

A iniciativa do governo prevê aumento nos salários-base de categorias numerosas, como professores e policiais militares, mas os sindicatos que representam esses grupos afirmam que a proposta incorporou reajustes dos anos 1990, já pagos por ordem judicial.

No caso do magistério, categoria que faz oposição a Yeda e cujo principal sindicato foi autor do pedido de impeachment contra a tucana este ano, as objeções estão sobretudo na implantação da chamada "meritocracia", que estabelece pagamento de 14º salário a professores de acordo com o desempenho das escolas.

Na Brigada Militar, houve uma assembleia com cerca de 3.000 policiais nesta semana para ameaçar a deflagração de uma greve, se houver o aumento de 5,4% para 11% da contribuição previdenciária.

Em alguns casos, afirmam as associações de policiais, soldados que teriam o piso elevado de R$ 1.007 a R$ 1.208 poderão ter o vencimento final reduzido por causa da Previdência, se o projeto for a diante.

"Se o governo não tiver o bom senso de retirar esse projeto, que reduz o salário de 20 mil brigadianos, haverá greve", diz Leonel Lucas, presidente da associação de cabos e soldados.

O governo afirma que a reação à meritocracia é política, já que o CPERS (Centro dos Professores do RS) é dirigido por sindicalistas ligados a partidos de oposição. No caso dos policiais, o governo afirma que o aumento da contribuição previdenciária --que deve gerar uma receita anual de R$ 30 milhões-- é necessário.

"Isso que os sindicalistas estão falando é mentira. Haverá aumento nos vencimentos para 35 mil policiais. Somente 1.665, a maioria inativos, que ganham acima do teto da Previdência [R$ 3.208] terão alguma redução", diz o secretário de Planejamento, Mateus Bandeira.

A base de Yeda na Assembleia (33 dos 55 deputados) está rachada. Os governistas resistem a projetos impopulares às vésperas do ano eleitoral.

Principal fiador da governabilidade de Yeda, o PMDB, que tem nove deputados e candidato próprio ao governo, ainda não sabe como votar o pacote. O partido reclama da articulação política do governo, que não teria negociado antes o aumento previdenciário.

Comentários dos leitores
Mauricio Anadrade (599) 13/01/2010 09h22
Mauricio Anadrade (599) 13/01/2010 09h22
Sr. Marcos Moura (6) como gaúcho posso afirmar que Yeda não paga diretamente a RBS para defender seu governo. Mas indiretamente, com certeza. A posição do grupo RBS diante dos escandalos da governadora do PSDB foi criminosa. Houve uma série de omissões e a aquela velha reportagem investigativa, cuja resportagens começavam com "Segundo investigação do Equipe de Reportagem", tão comum no governo Olívio, simplesmente desapareceram neste governo. sem opinião
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Claudio Rocha (365) 13/01/2010 02h14
Claudio Rocha (365) 13/01/2010 02h14
Utilizando palavras do sr. Cesar sobre vigarice cabe lermbrar que : Talvez a vigarice politica queira impedir a população de relembrar todo o caos por ela vivenciado e herdado pelo presidente Lula após a passagem do PSDB que tinha sim Jose Serra como ministro planejamento e depois da saude, ou isso é invenção de eleitor petista. O PSDB quando no poder promoveu Elevação da taxa de tributação dos juros da dívida pública em quase 100%, ao taxar a partir de 1995 os juros nominais e não mais o juro real. Por isto, a carga tributária aumentou e o crescimento das empresas ficou aquém do potencial esperado. sem opinião
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Marcos Moura (6) 07/01/2010 18h41
Marcos Moura (6) 07/01/2010 18h41
Tenho a convicção que se fosse para o governo pagar para as tv's privada colocar sua programção o governo gaucho pagaria com certeza pq é da ir que tem os banner da campanha de IEDA 3 opiniões
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