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Servidores ameaçam greve contra plano de Yeda Crusius
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GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Porto Alegre
Depois de enfrentar escândalos de corrupção, a governadora Yeda Crusius (PSDB) enviou um pacote de leis à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul que pode desencadear greves de servidores públicos e se refletir em na tentativa de reeleição da tucana, em 2010.
O pacote de leis enviado à Assembleia altera planos de carreira dos servidores estaduais.
A iniciativa do governo prevê aumento nos salários-base de categorias numerosas, como professores e policiais militares, mas os sindicatos que representam esses grupos afirmam que a proposta incorporou reajustes dos anos 1990, já pagos por ordem judicial.
No caso do magistério, categoria que faz oposição a Yeda e cujo principal sindicato foi autor do pedido de impeachment contra a tucana este ano, as objeções estão sobretudo na implantação da chamada "meritocracia", que estabelece pagamento de 14º salário a professores de acordo com o desempenho das escolas.
Na Brigada Militar, houve uma assembleia com cerca de 3.000 policiais nesta semana para ameaçar a deflagração de uma greve, se houver o aumento de 5,4% para 11% da contribuição previdenciária.
Em alguns casos, afirmam as associações de policiais, soldados que teriam o piso elevado de R$ 1.007 a R$ 1.208 poderão ter o vencimento final reduzido por causa da Previdência, se o projeto for a diante.
"Se o governo não tiver o bom senso de retirar esse projeto, que reduz o salário de 20 mil brigadianos, haverá greve", diz Leonel Lucas, presidente da associação de cabos e soldados.
O governo afirma que a reação à meritocracia é política, já que o CPERS (Centro dos Professores do RS) é dirigido por sindicalistas ligados a partidos de oposição. No caso dos policiais, o governo afirma que o aumento da contribuição previdenciária --que deve gerar uma receita anual de R$ 30 milhões-- é necessário.
"Isso que os sindicalistas estão falando é mentira. Haverá aumento nos vencimentos para 35 mil policiais. Somente 1.665, a maioria inativos, que ganham acima do teto da Previdência [R$ 3.208] terão alguma redução", diz o secretário de Planejamento, Mateus Bandeira.
A base de Yeda na Assembleia (33 dos 55 deputados) está rachada. Os governistas resistem a projetos impopulares às vésperas do ano eleitoral.
Principal fiador da governabilidade de Yeda, o PMDB, que tem nove deputados e candidato próprio ao governo, ainda não sabe como votar o pacote. O partido reclama da articulação política do governo, que não teria negociado antes o aumento previdenciário.
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