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20/11/2004 - 12h30

Demissão de Ana Fonseca deve gerar mudanças em ministério

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da Folha de S.Paulo

Uma das principais responsáveis pela criação do Bolsa-Família, Ana Fonseca foi exonerada no início da noite de ontem do cargo de secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Social por divergências com o titular da pasta, Patrus Ananias.

É a primeira mudança entre os secretários desde que a pasta foi criada, em janeiro. A demissão de Fonseca deve gerar outras saídas no ministério, especialmente na equipe responsável pela unificação dos programas de transferência de renda. É o caso do secretário nacional de Renda de Cidadania, André Teixeira.

O ministro exonerou Ana Fonseca pessoalmente depois de aval do Planalto, já que a indicação dela para o cargo era do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A demissão deve ser publicada no "Diário Oficial" da União de terça-feira. Até ontem à noite, Patrus não havia divulgado o substituto.

A saída de Ana Fonseca da pasta já havia sido decidida anteontem, conforme publicou a Folha. Faltava definir a data e o sucessor.

Ontem, a assessoria de Ana Fonseca chegou a anunciar a divulgação de uma nota, por volta das 17h, para afirmar que ela não estava demissionária.

Às 19h20, a assessoria do ministério informou que a nota seria divulgada apenas na segunda, para "amadurecer as idéias contidas no texto". Nesse momento, Ana Fonseca já havia sido demitida.

Pela manhã, Fonseca se reuniu com os secretários. Oficialmente, falaram do Orçamento da pasta. À tarde, a secretária-executiva e assessores redigiram pelo menos duas versões da nota: uma técnica e outra política.

No ministério circulava a informação de que ela não pediria demissão, mas esperaria ser exonerada. Até anteontem, Patrus Ananias não queria assumir o ônus político de demitir uma das responsáveis pela criação do Bolsa-Família, carro-chefe dos programas sociais de Lula.

Mas as divergências entre os dois se agravaram na quarta-feira, quando tiveram uma reunião sobre o controle social dos programas. Os dois tinham visões diferentes. Prevaleceu a do ministro, que quer criar conselhos municipais de controle social.

Fonseca é a segunda pessoa que deixa o governo por discordar da condução dos programas da pasta. Na quarta, o assessor especial da Presidência Frei Betto também anunciou sua saída. Oficialmente, se afastou para cuidar de projetos pessoais. Mas discordava da condução da política social.

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