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26/12/2004
-
09h00
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Com a popularidade em alta, a imagem do presidente se manteve também em um patamar de aprovação elevada. Mas é possível notar uma lenta e gradual corrosão de alguns itens, como ocorre com a maioria dos governos que chegam à metade do mandato.
Quando se observa apenas o percentual dos que acham que Lula "trabalha muito", o número impressiona: 54%. Ocorre que esse percentual já foi maior, 70%, em março e abril do ano passado.
Queda quase idêntica é constatada no item "respeita os mais pobres". Hoje, para 52% Lula merece estar nessa categoria. No início do mandato, era 70%.
O desgaste natural do exercício do poder, nesse caso, foi potencializado com eventos de alto valor simbólico, como a compra de um novo avião presidencial. O equipamento já está pronto, mas não foi colocado em uso neste final de ano para não atrapalhar o bom momento da popularidade presidencial. É possível que Lula o utilize já no final de janeiro, quando deve participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça --a reunião anual tida como a mais emblemática dos representantes do pensamento hegemônico na economia do planeta.
O Datafolha pesquisa regularmente nove aspectos relacionados à imagem pessoal do presidente. Em todos os itens Lula está acima de 50%, com avaliação positiva. Ainda assim, em oito deles o petista registra uma queda além da margem de erro se comparados os percentuais de hoje com os do início do mandato. O único em que o presidente permanece estável é na pergunta se é democrático ou autoritário.
Para 63%, Lula é democrático. O percentual está quase inalterado há dois anos. No início de sua gestão, o índice era de 64%. É um resultado paradoxal, pois em vários momentos o governo teve comportamentos ambíguos sobre liberdade de expressão.
O presidente quis expulsar do país um correspondente do jornal norte-americano "The New York Times", para depois recuar. O Planalto propôs a criação de um conselho para fiscalizar jornais e jornalistas (já arquivado pelo Congresso). Lula ainda tenta implantar uma agência para ordenar a produção cultural do país. Nenhuma dessas ações, mostra o Datafolha, abalou a crença de que Lula é um político democrático.
Nos demais itens relacionados à sua imagem pessoal, apesar do desgaste sofrido pelo tempo no cargo, Lula tem um resultado favorável. Para 81% dos pesquisados o presidente é humilde --91% pensavam assim no início do mandato do petista.
Segundo o Datafolha, 83% dizem que Lula é simpático; 67% falam que ele é moderno e 61% o consideram "muito inteligente". Para 69% o presidente é sincero e 61% o consideram decidido.
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54% acreditam que Lula trabalha muito
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Com a popularidade em alta, a imagem do presidente se manteve também em um patamar de aprovação elevada. Mas é possível notar uma lenta e gradual corrosão de alguns itens, como ocorre com a maioria dos governos que chegam à metade do mandato.
Quando se observa apenas o percentual dos que acham que Lula "trabalha muito", o número impressiona: 54%. Ocorre que esse percentual já foi maior, 70%, em março e abril do ano passado.
Queda quase idêntica é constatada no item "respeita os mais pobres". Hoje, para 52% Lula merece estar nessa categoria. No início do mandato, era 70%.
O desgaste natural do exercício do poder, nesse caso, foi potencializado com eventos de alto valor simbólico, como a compra de um novo avião presidencial. O equipamento já está pronto, mas não foi colocado em uso neste final de ano para não atrapalhar o bom momento da popularidade presidencial. É possível que Lula o utilize já no final de janeiro, quando deve participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça --a reunião anual tida como a mais emblemática dos representantes do pensamento hegemônico na economia do planeta.
O Datafolha pesquisa regularmente nove aspectos relacionados à imagem pessoal do presidente. Em todos os itens Lula está acima de 50%, com avaliação positiva. Ainda assim, em oito deles o petista registra uma queda além da margem de erro se comparados os percentuais de hoje com os do início do mandato. O único em que o presidente permanece estável é na pergunta se é democrático ou autoritário.
Para 63%, Lula é democrático. O percentual está quase inalterado há dois anos. No início de sua gestão, o índice era de 64%. É um resultado paradoxal, pois em vários momentos o governo teve comportamentos ambíguos sobre liberdade de expressão.
O presidente quis expulsar do país um correspondente do jornal norte-americano "The New York Times", para depois recuar. O Planalto propôs a criação de um conselho para fiscalizar jornais e jornalistas (já arquivado pelo Congresso). Lula ainda tenta implantar uma agência para ordenar a produção cultural do país. Nenhuma dessas ações, mostra o Datafolha, abalou a crença de que Lula é um político democrático.
Nos demais itens relacionados à sua imagem pessoal, apesar do desgaste sofrido pelo tempo no cargo, Lula tem um resultado favorável. Para 81% dos pesquisados o presidente é humilde --91% pensavam assim no início do mandato do petista.
Segundo o Datafolha, 83% dizem que Lula é simpático; 67% falam que ele é moderno e 61% o consideram "muito inteligente". Para 69% o presidente é sincero e 61% o consideram decidido.
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