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01/01/2005 - 08h28

José Serra toma posse hoje na Prefeitura de São Paulo

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da Folha Online

O paulistano José Serra Chirico, 62, toma posse hoje às 15h na Câmara Municipal como o 51º prefeito de São Paulo e primeiro representante do PSDB a ocupar o cargo.

Com o apoio de 54,86% do eleitorado --o equivalente a 3.330.179 de votos-- o tucano confirmou o favoritismo constatado nas pesquisas durante as eleições e venceu a prefeita Marta Suplicy (PT), que obteve 45,14% dos votos (2.740.152).

Após a cerimônia na Câmara, Serra segue de carro ao Palácio do Anhangabaú, sede da administração paulistana. Ele será recebido por volta das 16h30 na porta pela prefeita Marta Suplicy (PT), que o conduzirá até o saguão do prédio.

No fundo do saguão foi instalado um púlpito que será ocupado por Serra, Marta e pelos secretários das duas gestões. Marta discursará e, depois, haverá a assinatura do livro de transmissão do cargo.

Como é praxe, após o discurso a prefeita poderá deixar o prédio. Caso isso ocorra, Serra a acompanhará até a saída. Depois, Serra fará seu discurso e dará posse ao seu secretariado.

A previsão é de que 1.300 pessoas estejam presentes no evento na prefeitura. Por essa razão, foram montados dois telões para que os convidados possam assistir a cerimônia. Também haverá sala vip com sofás e mesas.

Na parte central do salão estarão os 250 principais convidados, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Biografia

Serra chega à prefeitura após duas tentativas, em 1988 e 1996. É a primeira vez que exercerá um cargo do Poder Executivo, após passar pelo Congresso e ocupar pastas no governo estadual, na década de 80, e no ministério de FHC.

A gestão no ministério, aliás, foi o principal trunfo do tucano na campanha que o levou à prefeitura. Ex-ministro da Saúde, Serra usou sua experiência na área como alternativa para sanar os problemas do setor na cidade.

Serra iniciou sua vida política como secretário de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo, em 1983, durante o governo Franco Montoro (1983-1987). Três anos depois, foi eleito deputado federal e, em 1990, reeleito.

Em 1994, foi eleito senador com 6,5 milhões de votos. No ano seguinte, porém, deixou o cargo para integrar a equipe do então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Foi ministro do Planejamento de 1995 a 1996 e deixou a pasta para concorrer à Prefeitura de São Paulo. Voltou ao governo em 1998 como ministro da Saúde, cargo que exerceu até fevereiro de 2002.

Em 2002, obteve mais de 33 milhões de votos no segundo turno da eleição presidencial, dos quais 2,9 milhões na cidade de São Paulo --127 mil a menos que Lula.

Campanha

A vitória de Serra carrega a sombra da próxima eleição presidencial, em 2006. Combinada aos dez anos de governo tucano no Estado, os tucanos vislumbram o fortalecimento da sigla e do nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, rumo a um novo embate com o PT em âmbito federal.

A projeção para 2006, aliás, foi tema recorrente na campanha diante da força política de Lula e Alckmin, que emprestaram suas imagens aos candidatos. A próxima eleição também foi abordada com a possibilidade de o novo prefeito abandonar o cargo para concorrer o governo do Estado ou à Presidência.

O PT usou a possibilidade como estratégia de ataque ao vice de Serra, Gilberto Kassab (PFL), eventual herdeiro do cargo. A campanha petista vinculou Kassab à volta do grupo político que conduziu a administração Celso Pitta (1997-2000), uma das mais mal avaliadas da cidade. Kassab foi secretário de Planejamento da gestão Pitta.

Num dos episódios mais polêmicos da campanha, o presidente Lula pediu votos a Marta no discurso de entrega do novo trecho da avenida Radial Leste. No dia seguinte, desculpou-se pelo ato de emoção e acabou multado em R$ 50 mil pela Justiça Eleitoral.

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