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01/01/2005
-
19h18
CAIO JUNQUEIRA
da Folha Online
Em seu discurso de posse no Palácio do Anhangabaú, o prefeito eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), disse que fará um governo "sem olhar para o passado". Dessa forma, Serra indica que evitará críticas à gestão de Marta Suplicy (PT).
"O que me move é o futuro, não o passado. Vou governar sem espelho retrovisor, olhando para a frente. O que me move é o trabalho, o fazer. Fazer que é, por si mesmo, uma construção de futuro", disse.
A afirmação foi feita logo após dizer que a prefeitura "gastou mais do que devia", mas pediu, no entanto, para que isso não fosse visto como uma crítica, mas como uma constatação.
"Tenho consciência de que a situação que vamos encontrar é difícil, principalmente, mas não apenas, do ponto de vista financeiro. A prefeitura está sem dinheiro isto é bastante evidente --gastou mais do que podia, comprometeu-se além da conta e cumpriu aquém do razoável."
A cerimônia de transmissão do cargo teve a participação de cerca de 1.300 pessoas, entre elas o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). O ministro da Justiça, Márcio Thomas Bastos, representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento.
Serra chegou à prefeitura com sua mulher, Mônica Serra, pontualmente às 16h30, onde foram recebidos na porta do prédio pela prefeita Marta Suplicy (PT) e seu marido, Luis Favre.
Juntos, foram até o púlpito instalado nos fundos do saguão da prefeitura. O prefeito iniciou seu discurso após a fala de despedida de Marta. Após a cerimônia, Serra, Alckmin e FHC se reuniram no gabinete do novo prefeito. Amanhã, às 16h, ocorre a primeira reunião de Serra com seu secretariado.
Apartidarismo
Serra disse que não assume a prefeitura para ser contra "este ou aquele partido", mas para servir a coletividade, e afirmou ter o compromisso com uma administração não partidarizada.
"Nunca quis e não quero ser prefeito contra este ou aquele partido, esta ou aquela corrente ou liderança. Estou na política para servir a coletividade. Meu compromisso é com uma administração voltada para o bem comum, não-partidarizada, que imponha a separação entre o interesse público e o interesse privado e privilegie, sempre, o interesse público."
O prefeito disse que, para ele, "não existe bairro que votou em A ou bairro que votou em B, existe a cidade inteira, com suas virtudes e defeitos, com suas carências e seus problemas".
De acordo com ele, sua gestão terá como característica o esforço e nela não haverá "corpo mole". "Não tolero a falta de empenho, a indolência, o corpo mole. Esta não será uma administração de corpo mole. Será uma administração caracterizada pelo esforço, o empenho e a transparência. Do prefeito ao funcionário mais modesto, que será por nós motivado."
"Terra de oportunidades"
O tucano disse que seu principal compromisso político é fazer com que São Paulo volte a ser uma terra de oportunidades. "É possível que São Paulo não venha a ser de novo uma terra de oportunidades para grandes correntes migratórias. Mas certamente pode voltar a sê-lo para seus moradores. Não apenas pode, deve. Não apenas pode e deve, será. Esta é a nossa missão política maior: assegurar um futuro de oportunidades às gerações mais novas."
Afirmou, porém, que isso não ocorrerá nem em cem, nem em mil dias. "Certamente esse objetivo não será alcançado nos primeiros cem dias, nem completado nos primeiros mil dias de governo. Mas vamos começar. Isso é possível? Estou convencido que sim."
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Serra diz que fará governo "sem olhar para o passado"
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da Folha Online
Em seu discurso de posse no Palácio do Anhangabaú, o prefeito eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), disse que fará um governo "sem olhar para o passado". Dessa forma, Serra indica que evitará críticas à gestão de Marta Suplicy (PT).
"O que me move é o futuro, não o passado. Vou governar sem espelho retrovisor, olhando para a frente. O que me move é o trabalho, o fazer. Fazer que é, por si mesmo, uma construção de futuro", disse.
A afirmação foi feita logo após dizer que a prefeitura "gastou mais do que devia", mas pediu, no entanto, para que isso não fosse visto como uma crítica, mas como uma constatação.
"Tenho consciência de que a situação que vamos encontrar é difícil, principalmente, mas não apenas, do ponto de vista financeiro. A prefeitura está sem dinheiro isto é bastante evidente --gastou mais do que podia, comprometeu-se além da conta e cumpriu aquém do razoável."
A cerimônia de transmissão do cargo teve a participação de cerca de 1.300 pessoas, entre elas o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). O ministro da Justiça, Márcio Thomas Bastos, representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento.
Serra chegou à prefeitura com sua mulher, Mônica Serra, pontualmente às 16h30, onde foram recebidos na porta do prédio pela prefeita Marta Suplicy (PT) e seu marido, Luis Favre.
Juntos, foram até o púlpito instalado nos fundos do saguão da prefeitura. O prefeito iniciou seu discurso após a fala de despedida de Marta. Após a cerimônia, Serra, Alckmin e FHC se reuniram no gabinete do novo prefeito. Amanhã, às 16h, ocorre a primeira reunião de Serra com seu secretariado.
Apartidarismo
Serra disse que não assume a prefeitura para ser contra "este ou aquele partido", mas para servir a coletividade, e afirmou ter o compromisso com uma administração não partidarizada.
"Nunca quis e não quero ser prefeito contra este ou aquele partido, esta ou aquela corrente ou liderança. Estou na política para servir a coletividade. Meu compromisso é com uma administração voltada para o bem comum, não-partidarizada, que imponha a separação entre o interesse público e o interesse privado e privilegie, sempre, o interesse público."
O prefeito disse que, para ele, "não existe bairro que votou em A ou bairro que votou em B, existe a cidade inteira, com suas virtudes e defeitos, com suas carências e seus problemas".
De acordo com ele, sua gestão terá como característica o esforço e nela não haverá "corpo mole". "Não tolero a falta de empenho, a indolência, o corpo mole. Esta não será uma administração de corpo mole. Será uma administração caracterizada pelo esforço, o empenho e a transparência. Do prefeito ao funcionário mais modesto, que será por nós motivado."
"Terra de oportunidades"
O tucano disse que seu principal compromisso político é fazer com que São Paulo volte a ser uma terra de oportunidades. "É possível que São Paulo não venha a ser de novo uma terra de oportunidades para grandes correntes migratórias. Mas certamente pode voltar a sê-lo para seus moradores. Não apenas pode, deve. Não apenas pode e deve, será. Esta é a nossa missão política maior: assegurar um futuro de oportunidades às gerações mais novas."
Afirmou, porém, que isso não ocorrerá nem em cem, nem em mil dias. "Certamente esse objetivo não será alcançado nos primeiros cem dias, nem completado nos primeiros mil dias de governo. Mas vamos começar. Isso é possível? Estou convencido que sim."
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