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01/01/2005
-
22h59
da Folha Online
O prefeito eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), tomou posse neste sábado e já sofreu as primeiras derrotas de seu governo. Na Câmara ele perdeu um vereador de sua base e, ao mesmo tempo, a presidência da Casa.
Isso porque o tucano Roberto Tripoli se desligou do partido para concorrer pelo "centrão" --grupo de vereadores do PP, PMDB, PTB, PL e PC do B-- à presidência da Casa. De quebra, Tripoli venceu o candidato de Serra, Ricardo Montoro (PSDB), por 28 votos a 26.
Agora, sem a presidência da Câmara, Serra deverá enfrentar maior dificuldade para colocar em pauta matérias de seu interesse e terá que atrair vereadores que não fazem parte de sua base para aprovar projetos.
Antes disso, no discurso no Palácio do Anhangabaú, Serra prometeu fazer um governo "sem olhar para o passado", em uma sugestão de que evitará críticas à gestão de Marta Suplicy (PT).
No palácio, ele recebeu o cargo de Marta, depois de ser empossado com os 55 vereadores eleitos da cidade na Câmara Municipal.
A cerimônia de transmissão do cargo de Marta a Serra teve a participação de cerca de 1.300 pessoas, entre elas o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). O ministro da Justiça, Márcio Thomas Bastos, representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento.
Serra chegou à prefeitura com sua mulher, Mônica Serra, pontualmente às 16h30, onde foram recebidos na porta do prédio pela prefeita Marta Suplicy (PT) e seu marido, Luis Favre.
Juntos, foram até o púlpito instalado nos fundos do saguão da prefeitura. O prefeito iniciou seu discurso após a fala de despedida de Marta. Após a cerimônia, Serra, Alckmin e FHC se reuniram no gabinete do novo prefeito. Amanhã, às 16h, ocorre a primeira reunião de Serra com seu secretariado.
2006
No discurso de posse na Câmara, Serra sinalizou que não deixará o cargo para concorrer às eleições presidenciais de 2006, já que é considerado um dos possíveis presidenciáveis do PSDB que poderão disputar com o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva o comando do governo federal.
"Fortalecer o desenvolvimento de São Paulo, fazer dela uma cidade mais justa e mais amigável é o desafio que temos pela frente e que, com a colaboração dos vereadores e com o apoio da ampla maioria da população, nós haveremos de superar, realizar e cumprir. Vamos cumprir. Temos um mandato do povo e esse mandato será honrado", afirmou Serra.
Marta
Em seu discurso de despedida, Marta defendeu as realizações de sua gestão e disse que seu sucessor tem condições de dar continuidade a atuais projetos.
Ela também afirmou que sua gestão visou reduzir a desigualdade social por meio da redistribuição de renda e mencionou alguns de seus principais programas, como o Renda Mínima, o Bilhete Único, os Passa Rápidos e os CEUs (Centros Educacionais Unificados).
"Muitos programas inovadores foram criados e o futuro governo tem todas as condições de dar continuidade e aprimorar este legado e estas conquistas sociais. A trajetória pessoal do novo prefeito me leva a supor que assim será. O povo estará vigilante para que a continuidade do progresso social prossiga nos próximos anos trazendo mais justiça social", disse Marta.
A prefeita citou a dívida de São Paulo como um dos principais problemas da cidade e afirmou que ela foi agravada por irresponsabilidade de antigos prefeitos e pelos juros impostos para o seu pagamento.
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O prefeito eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), tomou posse neste sábado e já sofreu as primeiras derrotas de seu governo. Na Câmara ele perdeu um vereador de sua base e, ao mesmo tempo, a presidência da Casa.
Isso porque o tucano Roberto Tripoli se desligou do partido para concorrer pelo "centrão" --grupo de vereadores do PP, PMDB, PTB, PL e PC do B-- à presidência da Casa. De quebra, Tripoli venceu o candidato de Serra, Ricardo Montoro (PSDB), por 28 votos a 26.
Agora, sem a presidência da Câmara, Serra deverá enfrentar maior dificuldade para colocar em pauta matérias de seu interesse e terá que atrair vereadores que não fazem parte de sua base para aprovar projetos.
Antes disso, no discurso no Palácio do Anhangabaú, Serra prometeu fazer um governo "sem olhar para o passado", em uma sugestão de que evitará críticas à gestão de Marta Suplicy (PT).
No palácio, ele recebeu o cargo de Marta, depois de ser empossado com os 55 vereadores eleitos da cidade na Câmara Municipal.
A cerimônia de transmissão do cargo de Marta a Serra teve a participação de cerca de 1.300 pessoas, entre elas o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). O ministro da Justiça, Márcio Thomas Bastos, representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento.
Serra chegou à prefeitura com sua mulher, Mônica Serra, pontualmente às 16h30, onde foram recebidos na porta do prédio pela prefeita Marta Suplicy (PT) e seu marido, Luis Favre.
Juntos, foram até o púlpito instalado nos fundos do saguão da prefeitura. O prefeito iniciou seu discurso após a fala de despedida de Marta. Após a cerimônia, Serra, Alckmin e FHC se reuniram no gabinete do novo prefeito. Amanhã, às 16h, ocorre a primeira reunião de Serra com seu secretariado.
2006
No discurso de posse na Câmara, Serra sinalizou que não deixará o cargo para concorrer às eleições presidenciais de 2006, já que é considerado um dos possíveis presidenciáveis do PSDB que poderão disputar com o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva o comando do governo federal.
"Fortalecer o desenvolvimento de São Paulo, fazer dela uma cidade mais justa e mais amigável é o desafio que temos pela frente e que, com a colaboração dos vereadores e com o apoio da ampla maioria da população, nós haveremos de superar, realizar e cumprir. Vamos cumprir. Temos um mandato do povo e esse mandato será honrado", afirmou Serra.
Marta
Em seu discurso de despedida, Marta defendeu as realizações de sua gestão e disse que seu sucessor tem condições de dar continuidade a atuais projetos.
Ela também afirmou que sua gestão visou reduzir a desigualdade social por meio da redistribuição de renda e mencionou alguns de seus principais programas, como o Renda Mínima, o Bilhete Único, os Passa Rápidos e os CEUs (Centros Educacionais Unificados).
"Muitos programas inovadores foram criados e o futuro governo tem todas as condições de dar continuidade e aprimorar este legado e estas conquistas sociais. A trajetória pessoal do novo prefeito me leva a supor que assim será. O povo estará vigilante para que a continuidade do progresso social prossiga nos próximos anos trazendo mais justiça social", disse Marta.
A prefeita citou a dívida de São Paulo como um dos principais problemas da cidade e afirmou que ela foi agravada por irresponsabilidade de antigos prefeitos e pelos juros impostos para o seu pagamento.
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