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18/01/2005
-
09h30
FERNANDA KRAKOVICS
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O relator da CPI do Banestado, deputado José Mentor (PT-SP), continua trabalhando em seu parecer mesmo com o encerramento dos trabalhos da comissão determinado por seu presidente, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT). A CPI acabou sem a votação de um documento final.
Mentor também vai ao Uruguai no dia 16 acompanhar o interrogatório de João Arcanjo Ribeiro, acusado de ser chefe do crime organizado em Mato Grosso, que será feito pela Justiça daquele país a pedido da CPI. O "comendador Arcanjo" está preso no Uruguai.
Os trabalhos da comissão foram encerrados abruptamente por Paes de Barros em 27 de dezembro passado, à revelia dos demais integrantes da comissão. Parecer da Mesa Diretora do Senado, assinado pelo 2º vice-presidente, senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO), diz que o prazo final para a CPI encerrar seus trabalhos é 27 de fevereiro.
O contador de Arcanjo, Luiz Alberto Dondo Gonçalves, disse em depoimento à Justiça que Antero teria recebido dinheiro do comendador para campanha eleitoral. Arcanjo é acusado de lavagem de dinheiro e de evasão de divisas.
Paes de Barros nega a acusação. "É mentira, ele não disse isso. Ele disse que ouviu dizer que foi feito empréstimo para a minha campanha eleitoral. Eu soltei uma nota na época sobre os doadores da minha campanha e quebrei meus sigilos fiscal, bancário e telefônico. A CPI tem tudo isso", disse ele, que, ao encerrar os trabalhos, já sabia da autorização da Justiça uruguaia para ouvir Arcanjo.
A briga política entre Paes de Barros e Mentor continua mesmo após o fim da comissão. "Não quero me submeter aos caprichos de um tresloucado qualquer", disse o presidente da CPI. Questionado sobre quem é o "tresloucado", disse que é o PT.
Mentor analisa 51 propostas de alteração de seu relatório. "A CPI, embora alguns poucos parlamentares queiram vê-la extinta, tem prazo até fevereiro, e pretendo usar esse prazo", disse. Para o presidente da CPI, essa iniciativa é "uma tentativa de reabilitação de um relatório que é um lixo".
Paes de Barros chegou a apresentar relatório alternativo. Nele, propõe o indiciamento do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, por supostas evasão de divisas e sonegação fiscal.
Esse foi o troco ao pedido de indiciamento, feito por Mentor, de Gustavo Franco, ex-presidente do BC, que teria facilitado a evasão de divisas do país.
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O relator da CPI do Banestado, deputado José Mentor (PT-SP), continua trabalhando em seu parecer mesmo com o encerramento dos trabalhos da comissão determinado por seu presidente, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT). A CPI acabou sem a votação de um documento final.
Mentor também vai ao Uruguai no dia 16 acompanhar o interrogatório de João Arcanjo Ribeiro, acusado de ser chefe do crime organizado em Mato Grosso, que será feito pela Justiça daquele país a pedido da CPI. O "comendador Arcanjo" está preso no Uruguai.
Os trabalhos da comissão foram encerrados abruptamente por Paes de Barros em 27 de dezembro passado, à revelia dos demais integrantes da comissão. Parecer da Mesa Diretora do Senado, assinado pelo 2º vice-presidente, senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO), diz que o prazo final para a CPI encerrar seus trabalhos é 27 de fevereiro.
O contador de Arcanjo, Luiz Alberto Dondo Gonçalves, disse em depoimento à Justiça que Antero teria recebido dinheiro do comendador para campanha eleitoral. Arcanjo é acusado de lavagem de dinheiro e de evasão de divisas.
Paes de Barros nega a acusação. "É mentira, ele não disse isso. Ele disse que ouviu dizer que foi feito empréstimo para a minha campanha eleitoral. Eu soltei uma nota na época sobre os doadores da minha campanha e quebrei meus sigilos fiscal, bancário e telefônico. A CPI tem tudo isso", disse ele, que, ao encerrar os trabalhos, já sabia da autorização da Justiça uruguaia para ouvir Arcanjo.
A briga política entre Paes de Barros e Mentor continua mesmo após o fim da comissão. "Não quero me submeter aos caprichos de um tresloucado qualquer", disse o presidente da CPI. Questionado sobre quem é o "tresloucado", disse que é o PT.
Mentor analisa 51 propostas de alteração de seu relatório. "A CPI, embora alguns poucos parlamentares queiram vê-la extinta, tem prazo até fevereiro, e pretendo usar esse prazo", disse. Para o presidente da CPI, essa iniciativa é "uma tentativa de reabilitação de um relatório que é um lixo".
Paes de Barros chegou a apresentar relatório alternativo. Nele, propõe o indiciamento do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, por supostas evasão de divisas e sonegação fiscal.
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