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16/12/2009 - 18h40

Senado rejeita indicado do PMDB para diretoria da agência de águas

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Numa prática pouco comum no Legislativo, o Senado rejeitou nesta quarta-feira a indicação de Paulo Rodrigues Vieira para a diretoria da ANA (Agência Nacional de Águas). Com apenas um voto de diferença, no placar de 25 votos favoráveis e 26 contrários, os senadores barraram o nome de Vieira --que era indicado pelo PMDB para o cargo.

Vieira tinha o apoio do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e do líder do partido na Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Os senadores emplacaram a indicação mesmo depois de o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) ter escolhido um nome técnico da ANA para o cargo.

Como a votação é secreta, senadores governistas apoiaram a rejeição do nome de Vieira. O senador Cícero Lucena (PSDB-PB) ironizou a derrota dos peemedebistas ao afirmar que, no caso da indicação para a ANA, Minc "tem mais força" que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva --aliado de Sarney e Renan.

O senador Magno Malta (PR-ES) disse que a rejeição do nome de Vieira não tem relação com a sua capacidade técnica para o cargo. Na opinião do senador, o nome do indicado foi barrado por ter sido avalizado pelo presidente Lula.

"Esse cidadão que acabou de perder a votação é um técnico e é um homem de bem. Senão fica parecendo que foi rejeitado porque não é. Ele é uma indicação pessoal do presidente [Lula], contra a vontade do ministro do Meio Ambiente. Então, ele fez a sua mobilização e o rapaz perdeu não porque não é boa gente nem preparado. Ele é preparado, só que houve uma campanha porque ele foi colocado pelo presidente da República", afirmou Malta.

Com a rejeição do nome de Vieira, o governo terá que fazer uma nova indicação para a diretoria da ANA.

Impasse

O nome de Vieira foi rejeitado numa segunda votação no plenário do Senado. Na primeira, realizada minutos antes, o placar acabou empatado em 23 votos favoráveis e 23 contrários. Sarney realizou nova votação em seguida, que resultou na rejeição do nome de Vieira.

Líderes governistas, que sempre trabalham para reverter placares desfavoráveis ao Executivo, não entraram em campo para tentar evitar a derrota do indicado. Nos bastidores, senadores afirmam que a paralisia dos governistas foi represália ao recente embate entre PT e PMDB pela indicação à vice-presidência na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto.

Na semana passada, Lula disse que os peemedebistas teriam que indicar uma lista tríplice para Dilma escolher quem seria o seu vice. A declaração do presidente irritou a cúpula peemedebista, que reagiu com a ameaça de candidatura própria à Presidência da República.

Comentários dos leitores
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
Freddy Grandke (250) 02/02/2010 10h27
"servidores que ameaçam recorrer à Justiça contra a implantação do novo sistema por meio do Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União)".
Quer dizer que apesar de ser funcionário "público" eles não querem estar sob controle. Demitam todos e ai eles vão ver como era bom ser funcionário público.
sem opinião
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Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
Washington Marques (129) 02/02/2010 09h57
A Galera que vai trabalhar na campanha dos senadores para a releição ficaram fora do ponto eletronico. No Senado Federal, quanto maior o cargo do funcionário e do Senador, é que a fiscalização tem que ser maior, uma vez que na rede da tranbicagem peixe pequeno não entra. sem opinião
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Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
Plinio Vieira Soares (2) 01/02/2010 22h54
É lamentavel que o ex presidente Jose Sarney nao tenha o menor apesso pela sua biografia; Um politico sem carisma, que para se manter no poder negociou com todos os governos possiveis e aceitou as maiores torpezas podia ao menos na velhice respeitar o papel de homem da transiçao democratica e nao terminar assim como uma das maiores vergonhas da classe politica.
Esta promessa de ponto eletronicao é como a de reforma administrativa no Senado, se o Senado fosse uma empresa ja teria quebrado, sua eficiencia é vergonha para os cidadãos.
Se nosso sistema politico exigisse um numero minimo de votos sem os quais nao se elegeriam um politico poderiamos ter uma camara com 500, ou com 400, ou 300 ou 200 representaantes.
O ex presidente deveria se retirar para Ilha do Calhau e rezar para que o país o esquecesse.
sem opinião
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