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25/01/2005
-
12h22
CAIO JUNQUEIRA
Enviado especial a Porto Alegre
da Folha Online
O Fórum Social Mundial vive uma constante mudança. Depois de ter sido realizado por três vezes em Porto Alegre, ir para a Índia no ano passado, e voltar à capital gaúcha neste ano, em 2006 ele deverá acontecer simultaneamente na Ásia, América e África. Em 2007, deve voltar ao formato centralizado, dessa vez em um país africano.
Essa é a proposta mais forte nas reuniões do Conselho Internacional do Fórum, órgão responsável pela organização do evento e que está reunido desde ontem em Porto Alegre para definir os formatos do Fórum Social Mundial dos próximos dois anos.
A única certeza é a manutenção da idéia central do Fórum Social, de ser um contraponto ao Fórum Econômico Mundial, que ocorre em Davos, na Suíça. As outras propostas debatidas na reunião são mais ligadas à idéia da descentralização do evento para o ano que vem do que a sugestões alternativas de formatos.
Porém, há outras possibilidades. Uma delas é a transformação do Fórum em um evento bienal e centralizado em um país. Seus defensores alegam que, desse modo, ficaria mais fácil providenciar recursos para o evento e mobilizar melhor a militância mundial.
"Há quem defenda a realização do Fórum de dois em dois anos. Mas não é bom, porque a conjuntura econômica do mundo se altera rapidamente. Além disso, ficaria um vácuo de importantes debates sobre os rumos que o mundo toma", afirmou Fátima Mello, integrante da Abong (Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais), que participa das reuniões do Conselho.
Em relação aos locais em que o Fórum Social deva ser realizado, há, segundo ela, um consenso no Conselho de que o evento deva ser realizado em diferentes países. "A realização do Fórum na Índia, no ano passado, foi excelente. Isso faz parte de um processo de mundialização do evento. O Fórum tem que ganhar o mundo. Há um consenso sobre isso."
Mello classifica como "pouco provável" a possibilidade de o Fórum retornar a Porto Alegre nos próximos anos pelo fato de a cidade ter sediado o evento por quatro vezes. Diz, no entanto, que nada impede uma candidatura, qualquer que seja o formato adotado.
Hoje pela manhã, as seis comissões do Conselho (Metodologia, Conteúdo, Comunicação, Expansão, Finanças e Estratégia) se reúnem. Elas farão uma avaliação das possibilidades e do que pode acontecer com o Fórum e a leva, na parte da tarde, para discussão em plenário.
África
Em 2007, o Fórum Social Mundial deverá ocorrer em um país africano. A candidatura mais forte é a do Marrocos, mas outros locais, como África do Sul e Quênia também são cotados.
A decisão, no entanto, deve ficar por conta do conselho africano do Fórum, que analisará quais países têm melhores condições de sediar o evento.
"Existem vários pólos de organização na África. Os africanos estão muito entusiasmados com a idéia, mas tem que ver onde há movimentos sociais fortes, consolidados e com disposição e unidade para promover o evento", disse Mello.
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Enviado especial a Porto Alegre
da Folha Online
O Fórum Social Mundial vive uma constante mudança. Depois de ter sido realizado por três vezes em Porto Alegre, ir para a Índia no ano passado, e voltar à capital gaúcha neste ano, em 2006 ele deverá acontecer simultaneamente na Ásia, América e África. Em 2007, deve voltar ao formato centralizado, dessa vez em um país africano.
Essa é a proposta mais forte nas reuniões do Conselho Internacional do Fórum, órgão responsável pela organização do evento e que está reunido desde ontem em Porto Alegre para definir os formatos do Fórum Social Mundial dos próximos dois anos.
A única certeza é a manutenção da idéia central do Fórum Social, de ser um contraponto ao Fórum Econômico Mundial, que ocorre em Davos, na Suíça. As outras propostas debatidas na reunião são mais ligadas à idéia da descentralização do evento para o ano que vem do que a sugestões alternativas de formatos.
Porém, há outras possibilidades. Uma delas é a transformação do Fórum em um evento bienal e centralizado em um país. Seus defensores alegam que, desse modo, ficaria mais fácil providenciar recursos para o evento e mobilizar melhor a militância mundial.
"Há quem defenda a realização do Fórum de dois em dois anos. Mas não é bom, porque a conjuntura econômica do mundo se altera rapidamente. Além disso, ficaria um vácuo de importantes debates sobre os rumos que o mundo toma", afirmou Fátima Mello, integrante da Abong (Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais), que participa das reuniões do Conselho.
Em relação aos locais em que o Fórum Social deva ser realizado, há, segundo ela, um consenso no Conselho de que o evento deva ser realizado em diferentes países. "A realização do Fórum na Índia, no ano passado, foi excelente. Isso faz parte de um processo de mundialização do evento. O Fórum tem que ganhar o mundo. Há um consenso sobre isso."
Mello classifica como "pouco provável" a possibilidade de o Fórum retornar a Porto Alegre nos próximos anos pelo fato de a cidade ter sediado o evento por quatro vezes. Diz, no entanto, que nada impede uma candidatura, qualquer que seja o formato adotado.
Hoje pela manhã, as seis comissões do Conselho (Metodologia, Conteúdo, Comunicação, Expansão, Finanças e Estratégia) se reúnem. Elas farão uma avaliação das possibilidades e do que pode acontecer com o Fórum e a leva, na parte da tarde, para discussão em plenário.
África
Em 2007, o Fórum Social Mundial deverá ocorrer em um país africano. A candidatura mais forte é a do Marrocos, mas outros locais, como África do Sul e Quênia também são cotados.
A decisão, no entanto, deve ficar por conta do conselho africano do Fórum, que analisará quais países têm melhores condições de sediar o evento.
"Existem vários pólos de organização na África. Os africanos estão muito entusiasmados com a idéia, mas tem que ver onde há movimentos sociais fortes, consolidados e com disposição e unidade para promover o evento", disse Mello.
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