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29/01/2005
-
19h09
CAIO JUNQUEIRA
Enviado especial a Porto Alegre
da Folha Online
O escrito português José Saramago criticou neste sábado a reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às vaias dadas por manifestantes no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, na última quinta-feira.
Vaiado e xingado ("pelego", "traidor", "demagogo" e "vendido") por cerca de 50 pessoas (minoria da platéia), Lula interrompeu seu discurso, chamou os manifestantes de "filhos do PT que se rebeleram" e disse que um dia eles vão amadurecer e voltar para casa ("E nós estaremos de braços abertos para recebê-los").
"Eu diria ao presidente Lula que o paternalismo é uma atitude que não convém a ninguém. As coisas não são assim. Pode ser que haja uma desproporção entre a expressão e a causa, mas a quem cabe fazer esse juízo?", disse Saramago.
O escritor, no entanto, evitou criticar a gestão do presidente. "Se o Lula só esta fazendo aquilo que pode, não está mal. Mal estaria se estivesse a fazer aquilo que não deveria. Cabe a vocês que acompanham o governo julgar."
Ele disse ainda que "há eleições que causam expectativas no mundo e essa [a de Lula] é uma delas".
Pela manhã, o português, que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1998, participou do painel "Quixote hoje: utopia e política".
Iraque
Saramago criticou também os Estados Unidos pela ocupação do Iraque. "Essa guerra é criminosa e justificá-la com a idéia do sonho democrático é um erro."
De acordo com ele, a justificativa de que um dos resultados da guerra é a consolidação da democracia no país é a "trágica comédia de sempre".
"Essa América sabe que, quando não convém aos Estados Unidos a democracia, eles não lutam por ela. Não me parece que os Estados Unidos se preocupam com a democracia uma vez que eles são aliados de países onde ela não existe."
Especial
Leia mais sobre o 5º Fórum Social Mundial
Saramago diz a Lula que "paternalismo não convém a ninguém"
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Enviado especial a Porto Alegre
da Folha Online
O escrito português José Saramago criticou neste sábado a reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às vaias dadas por manifestantes no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, na última quinta-feira.
Vaiado e xingado ("pelego", "traidor", "demagogo" e "vendido") por cerca de 50 pessoas (minoria da platéia), Lula interrompeu seu discurso, chamou os manifestantes de "filhos do PT que se rebeleram" e disse que um dia eles vão amadurecer e voltar para casa ("E nós estaremos de braços abertos para recebê-los").
"Eu diria ao presidente Lula que o paternalismo é uma atitude que não convém a ninguém. As coisas não são assim. Pode ser que haja uma desproporção entre a expressão e a causa, mas a quem cabe fazer esse juízo?", disse Saramago.
O escritor, no entanto, evitou criticar a gestão do presidente. "Se o Lula só esta fazendo aquilo que pode, não está mal. Mal estaria se estivesse a fazer aquilo que não deveria. Cabe a vocês que acompanham o governo julgar."
Ele disse ainda que "há eleições que causam expectativas no mundo e essa [a de Lula] é uma delas".
Pela manhã, o português, que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1998, participou do painel "Quixote hoje: utopia e política".
Iraque
Saramago criticou também os Estados Unidos pela ocupação do Iraque. "Essa guerra é criminosa e justificá-la com a idéia do sonho democrático é um erro."
De acordo com ele, a justificativa de que um dos resultados da guerra é a consolidação da democracia no país é a "trágica comédia de sempre".
"Essa América sabe que, quando não convém aos Estados Unidos a democracia, eles não lutam por ela. Não me parece que os Estados Unidos se preocupam com a democracia uma vez que eles são aliados de países onde ela não existe."
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