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21/12/2009 - 22h14

Relatório de CPI da Corrupção isenta Yeda

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GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Porto Alegre

O relatório final da CPI da Assembleia Legislativa do Rio Grande de Sul que investigou suposto superfaturamento em obras públicas isentou a governadora Yeda Crusius (PSDB) de responsabilidade sobre as possíveis fraudes.

Elaborado pelo também tucano Coffy Rodrigues, o texto foi aprovado na noite desta segunda-feira por 8 votos a 4.

Antes de inocentada pela CPI, Yeda já havia sido excluída de uma ação de improbidade movida pela Procuradoria. Seus aliados na Assembleia também arquivaram um pedido de impeachment contra ela.

A Procuradoria-Geral da República ainda avalia se pede ou não autorização para investigar Yeda por supostas ligações com a fraude que desviou R$ 44 milhões do Detran-RS (Departamento Estadual de Trânsito).

O relatório final da CPI não levou em conta investigações da Polícia Federal que apuraram a ação de agentes públicos para supostamente dirigir licitações para a construção de barragens, de estradas e de obras de saneamento básico.

Essas investigações, que compõem inquéritos da chamada Operação Solidária, já resultaram em indiciamento pela polícia de assessores próximos de Yeda, como Walna Vilarins Menezes e o secretário Rogério Porto. As fraudes atingiriam um conjunto de obras orçadas em R$ 300 milhões.

O relator da CPI, que não pediu o indiciamento de ninguém, afirma que não incluiu as evidências levantadas pela PF porque não houve requisição formal dos documentos.

Relatório paralelo

A oposição a Yeda, liderada pelo PT, preparou um relatório paralelo que pede o indiciamento de 32 pessoas por improbidade administrativa. Entre elas estão a governadora, integrantes do primeiro escalão do governo e ex-secretários.

A deputada Stela Farias (PT), que chamou o relatório de Coffy Rodrigues de "pífio", afirma que há evidências contra Yeda e colaboradores diretos.

"Toda a turma mais próxima da governadora participou da consolidação do esquema de corrupção. A própria governadora foi citada em telefonemas [de investigados por fraude] como 'maioral' e 'progenitora maior'", disse a deputada.

O relatório paralelo será enviado ao Ministério Público.

Yeda disse que não havia "nenhuma verossimilhança" na denúncia. Seu advogado, Fábio Medina Osório, disse que a comissão não investigou "nada de novo" e "serviu como palanque" para a oposição.

"Foi uma CPI de cunho político-partidário e se prestou ao vazamento sistemático de informações sigilosas na mídia para atacar a honra das pessoas, inclusive da governadora", declarou Osório.

A defesa de Walna Vilarins Menezes e o secretário Rogério Porto já negaram anteriormente irregularidades nas licitações das obras das barragens de Jaguari e Taquarembó.

 

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