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02/02/2005
-
15h33
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, não deve deixar o PPS mesmo após o seu desligamento oficial do partido, promovido nesta terça-feira pela direção nacional do partido. A informação é líder do PPS na Câmara, deputado Julio Delgado (MG).
Delgado e Ciro Gomes estão mantendo conversas diárias. De acordo com o líder, o ministro decidiu tentar resolver a questão internamente. Na avaliação de Delgado a decisão do partido de desligar Ciro Gomes e a senadora Patrícia Saboya Gomes (CE) não tem efeito prático. "Eles se concederam a licença. Isto não tem nenhum efeito porque eles continuam filiados e de qualquer forma não tinham suas vozes ouvidas dentro do PPS", disse.
Segundo Delgado, o PPS está retrocedendo, voltando aos tempos do controle autoritário. "O partido tentou intimida-los e eles não aceitaram a intimidação, não se desligaram e agora o partido tomou uma medida sem efeito prático nenhum."
Delgado acredita que o PPS vai ter grandes problemas se decidir desfiliar Ciro Gomes. "Para mover qualquer processo dentro do partido contra o Ciro, a direção teria que provar que ele desonrou ou desabonou seu trabalho. Terão que provar que ele trabalhou contra o partido, o que não é verdade. Eles não conseguem fazer uma única acusação de que Ciro tenho ido contra o programa partidário. Ele foi sim, foi contra o retrocesso", acrescentou.
O deputado criticou ainda a tentativa de centralizar o controle do PPS a uma única pessoa ou grupo. "PPS era um partido simpático, sem problemas, que agora tem uma crise gerada artificialmente que compromete o crescimento do partido", afirmou.
Ainda de acordo com ele, desde a decisão da direção nacional do PPS ele já recebeu ligações de prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, além do governador do Mato Grosso, Blairo Maggi. "Todos querem saber: e agora? Quais são os rumos do PPS? Meu diálogo tem sido o do convencimento, para que todos fiquem no partido. Corremos o risco de pulverizar um grupo político importante e cada um ir para o seu lado."
A assessoria de imprensa de Ciro Gomes informou que o ministro não vai falar com a imprensa sobre o PPS. Antes de saber da decisão da sigla, o ministro já havia classificado a decisão de conceder um prazo para o seu desligamento como uma arbitrariedade.
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Delgado e Ciro Gomes estão mantendo conversas diárias. De acordo com o líder, o ministro decidiu tentar resolver a questão internamente. Na avaliação de Delgado a decisão do partido de desligar Ciro Gomes e a senadora Patrícia Saboya Gomes (CE) não tem efeito prático. "Eles se concederam a licença. Isto não tem nenhum efeito porque eles continuam filiados e de qualquer forma não tinham suas vozes ouvidas dentro do PPS", disse.
Segundo Delgado, o PPS está retrocedendo, voltando aos tempos do controle autoritário. "O partido tentou intimida-los e eles não aceitaram a intimidação, não se desligaram e agora o partido tomou uma medida sem efeito prático nenhum."
Delgado acredita que o PPS vai ter grandes problemas se decidir desfiliar Ciro Gomes. "Para mover qualquer processo dentro do partido contra o Ciro, a direção teria que provar que ele desonrou ou desabonou seu trabalho. Terão que provar que ele trabalhou contra o partido, o que não é verdade. Eles não conseguem fazer uma única acusação de que Ciro tenho ido contra o programa partidário. Ele foi sim, foi contra o retrocesso", acrescentou.
O deputado criticou ainda a tentativa de centralizar o controle do PPS a uma única pessoa ou grupo. "PPS era um partido simpático, sem problemas, que agora tem uma crise gerada artificialmente que compromete o crescimento do partido", afirmou.
Ainda de acordo com ele, desde a decisão da direção nacional do PPS ele já recebeu ligações de prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, além do governador do Mato Grosso, Blairo Maggi. "Todos querem saber: e agora? Quais são os rumos do PPS? Meu diálogo tem sido o do convencimento, para que todos fiquem no partido. Corremos o risco de pulverizar um grupo político importante e cada um ir para o seu lado."
A assessoria de imprensa de Ciro Gomes informou que o ministro não vai falar com a imprensa sobre o PPS. Antes de saber da decisão da sigla, o ministro já havia classificado a decisão de conceder um prazo para o seu desligamento como uma arbitrariedade.
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