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15/02/2005
-
17h42
da Folha Online
O corpo da missionária Dorothy Stang, assassinada no último sábado em Anapu, no Pará, foi enterrado na tarde desta terça-feira, ao lado do rio Anapu, no Centro de Formação São Rafael, local onde a irmã desenvolvia um projeto de educação ambiental com agricultoras da região.
Antes do enterro, foi celebrada uma missa e cerca de 2.000 pessoas acompanharam o corpo em procissão pelas ruas da cidade. Segundo a coordenação estadual da CPT (Comissão Pastoral da Terra), havia cartazes e faixas pedindo Justiça e o clima no cortejo era de "indignação".
O coordenador da CPT no Pará, Jax Pinto, afirmou que o Estado é formado por latifundiários e está repleto de terras griladas e que esse seria o motivo dos crimes na região. "O Instituto de Terras do Pará [Interpa] não tem controle da situação das terras no Estado", disse ele.
Jax Pinto aponta o eterno conflito entre pequenos agricultores e negociadores de terra como o maior problema agrário no Estado. "O Pará é o segundo maior Estado em número de terras griladas, perdendo somente para o Amazonas", afirmou.
A coordenação estadual da CPT informou que, só em 2004, foram 37 pessoas ameaçadas de morte no Pará. "Entregamos uma lista com os nomes dessas pessoas para as autoridades locais, para a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] e para a imprensa, e praticamente todos os anos pelo menos uma pessoa da lista é assassinada", disse Jax Pinto. No caso da irmã Dorothy, a última denúncia foi feita no mês passado, segundo a CPT.
Após o enterro da missionária, o procurador da República Felício Pontes Júnior se reuniu com representantes dos movimentos sociais, organizações não-governamentais e parlamentares que estão em Anapu e resolveram permanecer na região durante as investigações.
Segundo a assessoria do Ministério Público no Pará, o clima na cidade é de medo.
Com Agência Brasil
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Cerca de 2.000 pessoas acompanham enterro de missionária no Pará
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O corpo da missionária Dorothy Stang, assassinada no último sábado em Anapu, no Pará, foi enterrado na tarde desta terça-feira, ao lado do rio Anapu, no Centro de Formação São Rafael, local onde a irmã desenvolvia um projeto de educação ambiental com agricultoras da região.
Antes do enterro, foi celebrada uma missa e cerca de 2.000 pessoas acompanharam o corpo em procissão pelas ruas da cidade. Segundo a coordenação estadual da CPT (Comissão Pastoral da Terra), havia cartazes e faixas pedindo Justiça e o clima no cortejo era de "indignação".
O coordenador da CPT no Pará, Jax Pinto, afirmou que o Estado é formado por latifundiários e está repleto de terras griladas e que esse seria o motivo dos crimes na região. "O Instituto de Terras do Pará [Interpa] não tem controle da situação das terras no Estado", disse ele.
Jax Pinto aponta o eterno conflito entre pequenos agricultores e negociadores de terra como o maior problema agrário no Estado. "O Pará é o segundo maior Estado em número de terras griladas, perdendo somente para o Amazonas", afirmou.
A coordenação estadual da CPT informou que, só em 2004, foram 37 pessoas ameaçadas de morte no Pará. "Entregamos uma lista com os nomes dessas pessoas para as autoridades locais, para a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] e para a imprensa, e praticamente todos os anos pelo menos uma pessoa da lista é assassinada", disse Jax Pinto. No caso da irmã Dorothy, a última denúncia foi feita no mês passado, segundo a CPT.
Após o enterro da missionária, o procurador da República Felício Pontes Júnior se reuniu com representantes dos movimentos sociais, organizações não-governamentais e parlamentares que estão em Anapu e resolveram permanecer na região durante as investigações.
Segundo a assessoria do Ministério Público no Pará, o clima na cidade é de medo.
Com Agência Brasil
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