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22/03/2005 - 20h59

Confira os principais momentos da sabatina de Drauzio Varella na Folha

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da Folha Online

O médico Drauzio Varella inaugurou hoje o ciclo de sabatinas da Folha. Para uma platéia de mais de 300 pessoas, Drauzio opinou sobre temas polêmicos, como aborto, eutanásia e pesquisa com células-tronco. Ele também contou sua experiência como médico no Carandiru, sua relação com a mídia e sobre sua experiência na procura de plantas medicinais na Amazônia. Drauzio comentou inclusive o episódio em que acabou pegando febre-amarela na Amazônia. Veja a seguir os principais trechos da sabatina:
Flávio Florido/Folha Imagem
O médico Drauzio Varella durante a sabatina da Folha
O médico Drauzio Varella durante a sabatina da Folha


ABORTO
"O aborto no Brasil é absolutamente livre para quem tem dinheiro. Só as moças pobres não têm acesso. Tem um número absurdo de meninas que vão aos hospitais fazer curetagem por causa de complicações de aborto. É um problema médico. Não pode ser tratado por marginais."

EUTANÁSIA
"É um acontecimento muito complexo. Eu não faria isso [eutanásia na norte-americana Terri Schiavo] porque os pais não querem. Se a mãe não quer, então não pode desligar. Opinião de marido não conta. O povo fala que amor é só de mãe."

A COMUNICAÇÃO
"Há 20 anos, médico não falava em meio de comunicação e tinha fama de picareta. Mas [se comunicar] é uma coisa que tem que ser feita. Você sabe coisas que muitas pessoas não sabem e que precisam ser explicadas."
Flávio Florido/Folha Imagem
O médico Drauzio Varella durante a sabatina da Folha
O médico Drauzio Varella durante a sabatina da Folha


FEBRE AMARELA
"Tem sempre uma gozação quando você dá uma mancada como essa. Tenho um amigo que encontrou outro amigo que estava indo pescar no Pantanal. Então ele alertou sobre a vacina e a pessoa respondeu: você acha que eu sou o Drauzio Varella?"

MORTE
"Curiosamente não [tenho medo da morte]. Sabe, a febre amarela é gravíssima e dá uma hepatite brutal que eu peguei. Eu achei que iria morrer e me surpreendi com a calma que fiquei."
Flávio Florido/Folha Imagem
O médico Drauzio Varella durante a sabatina da Folha
O médico Drauzio Varella durante a sabatina da Folha


LONGEVIDADE
"A expectativa de vida em alguns países deve cair por causa da epidemia da obesidade"

CIGARRO
"Eu fui professor de cursinho quase 20 anos, eu fumava na sala de aula, e devo ter induzido uma dezena de alunos [a fumar]. Isso sim é mais grave."

O MEDIQUÊS
"A linguagem técnica te defende, pois você não pode ser acusado de estar falando uma coisa errada, pois seu colega irá entender e te defender. Hoje tenho prazer em pegar as coisas mais complicadas e transformar em coisas comuns para as pessoas entenderem."

COMUNICAÇÃO COM PACIENTE
"Não adianta saber medicina sem saber explicar para quem você vai atender. O médico antigamente escrevia um garrancho que só outro médico entendia e o doente não tinha como discutir. "

EUTANÁSIA
"É um acontecimento muito complexo. Eu não faria isso [eutanásia na norte-americana Terri Schiavo] porque os pais não querem. Se a mãe não quer, então não pode desligar. Opinião de marido não conta. O povo fala que amor é só de mãe."

CÉLULAS-TRONCO
"Não tem sentido que algumas pessoas, em nomes de princípios religiosos, imponham proibições para pessoas que não pensam como elas. Esse princípio considera que o espermatozóide entra no óvulo dentro do tubo de ensaio e a parti daí começou uma vida. Então a masturbação masculina é um genocídio."

MEDICINA ALTERNATIVA
"Eu acho que a medicina alternativa preenche uma angústia humana, pois nós não nos acostumamos com o fato da vida ser frágil. "

ESPIRITUALIDADE
Sou fatalista. Existem pessoas que querem entender por quê as coisas são assim. Pessoas que tem esse tipo de formação não são religiosas. Para quem tem cérebro que funciona materialista não entende argumento religioso.

CARANDIRU
O mais instigante que vi no Carandiru foram pessoas morrendo de Aids na cadeia, caquéticas na cama. E outras estavam lá, cuidando, ajudando, limpando. Para mim foi a coisa mais instigaste, pois não estavam ganhando nada, estavam cuidando um do outro. No Carandiru, tive o privilegio de estar com pessoas diversas com experiências de vida inacreditáveis.

GENEROSIDADE
Não sou tão generoso assim. Eu fui fazer um trabalho [no Carandiru]. Eu comecei indo fazer um trabalho de filmagem.

BIOPIRATARIA
"Você pode cortar toda madeira que não tem problema, mas aparece com uma tesourinha para cortar um galhinho da arvore... Dá uma complicação."

Leia mais
  • Médico e escritor, Varella ganhou notoriedade em campanhas de prevenção à Aids

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