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08/04/2005 - 09h51

Ação de PT e PFL contra PSDB é uma violência, diz Alckmin

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da Folha de S.Paulo

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), rompeu o silêncio ontem e afirmou ser uma "violência" a manobra articulada entre PT e PFL para marginalizar os tucanos na Assembléia Legislativa de São Paulo.
"É assunto interno da Assembléia, mas acho errado. O princípio da proporcionalidade está no regimento interno da Assembléia. Já fui deputado três vezes e nunca vi um ato de tamanha violência", afirmou nesta quinta-feira o governador.

Após se unirem para derrubar o candidato tucano à presidência da Casa (Edson Aparecido), PFL e PT deixaram o PSDB de fora das principais comissões permanentes, responsáveis, por exemplo, pela aprovação do Orçamento do Estado de São Paulo.

O PSDB alega que, com a segunda maior bancada da Casa (tem 20 parlamentares), teria direito a duas vagas nas principais comissões. No entanto, por determinação do novo presidente da Assembléia, Rodrigo Garcia (PFL), ficou com apenas uma.

Nos bastidores, deputados do PT e do PFL reconhecem que a proporcionalidade não está presente em cada comissão, mas dizem que o atual cenário é um reflexo da postura adotada pelos tucanos nos últimos anos, quando trataram a oposição com "pão bolorento e água suja".

"Parece que a prioridade virou a luta partidária. Não acho correto, não acho que é bom", disse Alckmin, que completou: "Isso não foi só desrespeitoso com o Executivo, foi muito mais com os deputados, e não só com o PSDB, mas com toda a base aliada".

O novo presidente da Casa, Rodrigo Garcia (PFL), diz que autorizou a definição das comissões porque os líderes não haviam chegado a um consenso. "Temos um prazo para definir as comissões. Se o partidos não entram num acordo, como não entraram, o regimento prevê a intervenção do presidente da Assembléia. Foi o que eu fiz."

Aliança

Rompido o tradicional apoio do PFL na Assembléia, o PSDB tenta minar a aliança formada pela oposição. Ontem, deputados tucanos conversaram com parlamentares do PMDB, do PV, do PDT e do PSB, numa tentativa de recompor a base governista. Os deputados dos partidos que estão na mira dos tucanos fazem parte da aliança PFL-PT (exceto dois dos cinco deputados do PV).

As votações para a presidência das comissões começaram ontem. Foram eleitos os presidentes de cinco grupos. Na Comissão de Finanças e Orçamento, considerada uma das mais importantes, a presidência ficou com José Caldini Crespo (PFL), e a vice-presidência, com Enio Tatto (PT).
Os tucanos, que, em protesto, não participaram da maioria das votações, apoiaram Romeu Tuma (PMDB) para a presidência da Comissão de Direito do Consumidor. O PFL, porém, já havia fechado um acordo para que o cargo ficasse com Maria Almeida (PFL). Ganhou Tuma.

"Ainda é um troco pequenininho, mas queremos mostrar que o PSDB não jogou a toalha. Esse resultado mostra que a aliança não é tão forte assim", disse o deputado Milton Flávio (PSDB).

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