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Pastoral da Terra questiona uso de algemas em sem-terra
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JOÃO CARLOS MAGALHÃES
da Agência Folha, em Belém
A CPT (Comissão Pastoral da Terra) criticou, em nota divulgada nesta sexta-feira, as "autoridades do Judiciário" por elas não terem se manifestado sobre a "espetacularização" da prisão de sem-terra envolvidos na invasão, em 2009, de uma fazenda da Cutrale, em Iaras (SP).
A CPT, braço agrário da Igreja Católica, diz que esse tratamento difere do dado às prisões feitas durante a Operação Satiagraha, da Polícia Federal, em 2008, quando o banqueiro Daniel Dantas foi algemado.
À época, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, disse que esse tipo de tratamento expunha excessivamente os presos. A Corte acabou limitando o uso de algemas a casos "excepcionais".
"A imagem de Miguel Serpa [líder do MST] algemado foi estampada nos jornais e veiculada nos noticiários dos canais de televisão brasileiros", diz o texto. "Onde estão o presidente do STF, Gilmar Mendes, e os demais ministros do Supremo e os políticos tão ciosos da preservação da dignidade humana? Por acaso se ouviu da parte deles a condenação do abuso da ação policial na prisão dos trabalhadores?", questiona a CPT.
"O que é mais grave, a destruição de alguns pés de laranja ou o assalto aos cofres públicos? Na interpretação das mais altas autoridades do Judiciário, quem desvia recursos públicos, quem se locupleta com os bens da nação, merece um tratamento cuidadoso, pois sua dignidade não pode ser arranhada", afirma a nota.
Ao final da tarde de hoje, a reportagem não conseguiu localizar Mendes para comentar o texto.
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Má distribuição de riquezas e terras são problemas, mas não são mais graves do que o nosso sistema educacional público. Este sim, nosso maior problema, que perpetua o ciclo vicioso da concentração de riquezas. Resolva-se o problema da educação e eliminamos o problema da miséria. Educação dá discernimento, cidadania, melhora a qualidade na escolha de políticos e multiplica as chances de inclusão social e econômica. É a solução mais eficaz e qualquer estatística sobre índices de desenvolvimento humano mostram isso, e isso independe do sujeito pertencer ao campo ou a cidade.
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Se a Cutrale grilou ou não fazenda a justiça que resolve, não o MST que eu nunca votei nem autorizei a fazer valer a vontade da lei. MST não tem legitimidade para isso.
A anos atrás quando eu estudei o MST seu principal argumento para invasões sempre era os grandes latifúndios improdutivos, terras paradas nas mãos da especulação. O que aconteceu com essa justificativa do MST?
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