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09/05/2005
-
20h30
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou hoje que não existe nenhum pacote de medidas em estudo para combater a inflação em alternativa ao aumento de juros. Ontem, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que um conjunto de medidas estava sendo analisado.
Segundo Palocci, a política monetária deverá seguir medidas transparentes e de longo prazo. "Não haverá coelho tirado da cartola, aliás não existe coelho nem cartola na política econômica. O que nós vamos sempre fazer é trabalhar para que o conjunto de medidas econômicas faça um auxílio entre si", disse.
O ministro mencionou a iniciativa da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) de criar um índice setorial para a telefonia que possa representar um aperfeiçoamento do índice usado atualmente, o IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna). Uma das críticas mais freqüentes na discussão sobre o controle de preços é o impacto da indexação da economia aos índices de preços, tradicionalmente mais suscetíveis aos efeitos do câmbio e do choque de commodities.
Palocci mencionou também o estudo para reduzir o déficit da Previdência por meio do combate a fraudes e aos crescimentos desmedidos de recursos, como o auxílio doença. Na última década, os gastos com o benefício se situavam na faixa dos R$ 2,5 bilhões. Nos últimos anos, os gastos deram um salto e passaram a bater na faixa dos R$ 9 bilhões. "Não há mudança na epidemiologia das doenças do trabalho no Brasil que justifique esse salto", afirmou.
A preocupação com o longo prazo orientou o discurso do ministro durante o 17º Fórum Nacional. Para Palocci, a questão fiscal precisa de pelo menos mais dez anos para apresentar uma mudança significativa. A preocupação com gastos e rumos da economia foi lembrada com a proposta na Lei de Diretrizes Orçamentárias de fixação de metas para os limites da carga tributária e redução de despesas.
Sobre o impacto dos juros na dívida pública, Palocci afirmou que a inflação sobre a renda das famílias exerce um efeito pior. "O problema da política monetária é que ou ela faz o ajuste ou a inflação faz por ela, cortando a renda das pessoas mais pobres", disse.
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da Folha Online, no Rio
O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou hoje que não existe nenhum pacote de medidas em estudo para combater a inflação em alternativa ao aumento de juros. Ontem, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que um conjunto de medidas estava sendo analisado.
Segundo Palocci, a política monetária deverá seguir medidas transparentes e de longo prazo. "Não haverá coelho tirado da cartola, aliás não existe coelho nem cartola na política econômica. O que nós vamos sempre fazer é trabalhar para que o conjunto de medidas econômicas faça um auxílio entre si", disse.
O ministro mencionou a iniciativa da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) de criar um índice setorial para a telefonia que possa representar um aperfeiçoamento do índice usado atualmente, o IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna). Uma das críticas mais freqüentes na discussão sobre o controle de preços é o impacto da indexação da economia aos índices de preços, tradicionalmente mais suscetíveis aos efeitos do câmbio e do choque de commodities.
Palocci mencionou também o estudo para reduzir o déficit da Previdência por meio do combate a fraudes e aos crescimentos desmedidos de recursos, como o auxílio doença. Na última década, os gastos com o benefício se situavam na faixa dos R$ 2,5 bilhões. Nos últimos anos, os gastos deram um salto e passaram a bater na faixa dos R$ 9 bilhões. "Não há mudança na epidemiologia das doenças do trabalho no Brasil que justifique esse salto", afirmou.
A preocupação com o longo prazo orientou o discurso do ministro durante o 17º Fórum Nacional. Para Palocci, a questão fiscal precisa de pelo menos mais dez anos para apresentar uma mudança significativa. A preocupação com gastos e rumos da economia foi lembrada com a proposta na Lei de Diretrizes Orçamentárias de fixação de metas para os limites da carga tributária e redução de despesas.
Sobre o impacto dos juros na dívida pública, Palocci afirmou que a inflação sobre a renda das famílias exerce um efeito pior. "O problema da política monetária é que ou ela faz o ajuste ou a inflação faz por ela, cortando a renda das pessoas mais pobres", disse.
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