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13/05/2005
-
17h19
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) não conseguiu entregar sua pauta de reivindicações para o ministro Antonio Palocci (Fazenda). Um grupo de 12 coordenadores do movimento tentou levar o documento no gabinete do ministro, mas foi impedido.
Para Bruno Maranhão, um dos coordenadores do movimento, a atitude reflete a "incapacidade política" do ministro. "Isso mostra a incapacidade política desse ministro. Ele sabe se relacionar com banqueiros, com grandes comerciantes, mas não sabe se relacionar com sem terra", criticou.
A pauta de reivindicações foi a forma encontrada pelo movimento para cobrar o acordo firmado com representantes do governo federal para que fosse feita a desocupação do prédio do Ministério da Fazenda, que no dia 14 de abril foi invadido por cerca de 1200 pessoas. A ocupação durou mais de seis horas. Eles só saíram após uma negociação com integrantes do governo.
Hoje, eles foram recebidos, na entrada do ministério, pela coordenadora de Logística e Informática, Rose Mira, que sugeriu que entregassem a ela a pauta de reivindicações. Os sem-terra não concordaram e pediram que ao menos cinco deles pudesse ir até o gabinete do ministro. O pedido foi negado. Eles não quiseram entregar o documento no setor de protocolo do ministério, que fica no térreo.
"Estão todos apavorados porque não estão acostumados com trabalhador. Não sei o que estão fazendo no governo do PT", disse Maranhão. Para ele, isso desgasta o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva --o coordenador do MLST é um dos fundadores do PT e faz parte do diretório nacional do partido.
Na reunião feita no dia da invasão, o movimento diz que ficou acordado que seria marcada uma reunião com Lula e o ministro Palocci para tentar por fim ao contingenciamento das verbas destinadas à reforma agrária --eles pedem a liberação de R$ 2 bilhões. No entanto, desse valor, R$ 400 milhões foram liberados no mês passado.
"Não há reforma agrária sem o fim do contingenciamento", acredita Maranhão.
Segundo os manifestantes, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, tem cumprido a sua parte do acordo, que é a reestruturação do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o compromisso de comprar novas áreas para assentamentos. Ontem à noite, um grupo de coordenadores esteve reunido com Rossetto.
Enquanto a negociação com o governo segue, não deve ocorrer uma nova tentativa de invasão do prédio da Fazenda. "Temporariamente está descartada [a invasão]", disse Davi Pereira da Silva, o Paraná, da coordenação nacional do MLST.
MST
Uma marcha de 12 mil sem terra liderados pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) faz uma caminhada de Goiânia a Brasília desde o dia 2 de maio. Eles devem chegar à capital federal na próxima semana.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o MLST
Fracassa tentativa de MLST de entregar reivindicação para Palocci
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da Folha Online, em Brasília
O MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) não conseguiu entregar sua pauta de reivindicações para o ministro Antonio Palocci (Fazenda). Um grupo de 12 coordenadores do movimento tentou levar o documento no gabinete do ministro, mas foi impedido.
Para Bruno Maranhão, um dos coordenadores do movimento, a atitude reflete a "incapacidade política" do ministro. "Isso mostra a incapacidade política desse ministro. Ele sabe se relacionar com banqueiros, com grandes comerciantes, mas não sabe se relacionar com sem terra", criticou.
A pauta de reivindicações foi a forma encontrada pelo movimento para cobrar o acordo firmado com representantes do governo federal para que fosse feita a desocupação do prédio do Ministério da Fazenda, que no dia 14 de abril foi invadido por cerca de 1200 pessoas. A ocupação durou mais de seis horas. Eles só saíram após uma negociação com integrantes do governo.
Hoje, eles foram recebidos, na entrada do ministério, pela coordenadora de Logística e Informática, Rose Mira, que sugeriu que entregassem a ela a pauta de reivindicações. Os sem-terra não concordaram e pediram que ao menos cinco deles pudesse ir até o gabinete do ministro. O pedido foi negado. Eles não quiseram entregar o documento no setor de protocolo do ministério, que fica no térreo.
"Estão todos apavorados porque não estão acostumados com trabalhador. Não sei o que estão fazendo no governo do PT", disse Maranhão. Para ele, isso desgasta o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva --o coordenador do MLST é um dos fundadores do PT e faz parte do diretório nacional do partido.
Na reunião feita no dia da invasão, o movimento diz que ficou acordado que seria marcada uma reunião com Lula e o ministro Palocci para tentar por fim ao contingenciamento das verbas destinadas à reforma agrária --eles pedem a liberação de R$ 2 bilhões. No entanto, desse valor, R$ 400 milhões foram liberados no mês passado.
"Não há reforma agrária sem o fim do contingenciamento", acredita Maranhão.
Segundo os manifestantes, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, tem cumprido a sua parte do acordo, que é a reestruturação do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o compromisso de comprar novas áreas para assentamentos. Ontem à noite, um grupo de coordenadores esteve reunido com Rossetto.
Enquanto a negociação com o governo segue, não deve ocorrer uma nova tentativa de invasão do prédio da Fazenda. "Temporariamente está descartada [a invasão]", disse Davi Pereira da Silva, o Paraná, da coordenação nacional do MLST.
MST
Uma marcha de 12 mil sem terra liderados pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) faz uma caminhada de Goiânia a Brasília desde o dia 2 de maio. Eles devem chegar à capital federal na próxima semana.
Especial
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