Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/02/2010 - 12h29

Oposição quer convocar cinco envolvidos em denúncias de suborno e espionagem no DF

Publicidade

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

A oposição na Câmara Legislativa do Distrito Federal quer levar à Casa os principais personagens das novas denúncias de tentativa de suborno e de espionagem de parlamentares que envolvem o governador José Roberto Arruda (sem partido).

O deputado Paulo Tadeu (PT) apresentou nesta terça-feira requerimentos na CPI da Corrupção pedindo a convocação dos envolvidos nos episódios. Os pedidos ainda precisam ser votados pela comissão

Os requerimentos pedem esclarecimentos do jornalista Edson dos Santos, o Sombra, do conselheiro do Metrô, Antonio Bento da Silva, do suplente Geraldo Naves (DEM), Weligton Moraes, ex-secretário de Comunicação, e Rodrigo Arantes, sobrinho do governador.

A Polícia Federal prendeu, na semana passada, Silva por tentativa de suborno ao jornalista. No momento da prisão, ele entregava R$ 200 mil a Sombra. Segundo o jornalista, o dinheiro seria a primeira parcela de um suborno de R$ 1 milhão em troca de um pacote de serviços que incluía uma declaração afirmando que os vídeos que mostram políticos de Brasília recebendo dinheiro de suposta propina foram manipulados por Durval Barbosa, delator do esquema.

Em depoimento à Polícia Federal, Sombra disse que, além de Silva, Naves e Weligton foram interlocutores do governador na tentativa de suborno. O jornalista ainda entregou aos policiais um bilhete que teria sido escrito por Arruda como prova de que estaria envolvido na negociação de suborno.

Preso em flagrante, Silva contou à Polícia Federal que o dinheiro para o suborno foi entregue pelo sobrinho do governador.

"Nesta história há vários personagens envolvidos, mas o fato está diretamente relacionado com o esquema de corrupção do governo Arruda, que busca meios ilícitos para abafar o escândalo", disse o petista.

Grampos

Outro requerimento prevê o depoimento de José Henrique Cordeiro e Luis Ferreira. Eles são policiais de Goiás e foram presos na semana passada por suspeita de grampearem parlamentares que fazem oposição ao governador. A suspeita é que eles agiram a mando de pessoas ligadas a Arruda.

Também devem ser ouvidos Francisco Monteiro, funcionário do gabinete do deputado distrital Benedito Domingos (PP), que teria auxiliado os policiais no grampo.

A Polícia Civil e a Corregedoria da Polícia Civil de Goiás abriram ontem um inquérito para apurar a denúncia de espionagem dos dois policiais de Goiás. O grampo teria ocorrido pelo menos nos gabinetes das deputadas Érika Kokay (PT) e Jaqueline Roriz (PMN).

A petista disse que teve informações que os policiais trabalham na divisão de narcotráfico e agiam a mando de Fábio Simão, ex-chefe de gabinete de Arruda e um dos alvos da operação que investiga o esquema de corrupção.

Segundo a deputada, parlamentares receberam "avisos" de que o governador preparava denúncias contra oposicionistas.

Comando

A CPI adiou hoje, pela quarta vez, a eleição do novo presidente. O motivo foi a volta de Paulo Roriz à Câmara Legislativa.

Secretário de Habitação, ele pediu exoneração para reforçar a base aliada do governador. A vaga foi aberta com saída de Naves da Casa por causa da confirmação da autoria do bilhete do governador para Sombra.

A CPI ainda enfrenta problema para preencher outra vaga aberta com a renúncia ao posto da deputada Eliana Pedrosa (DEM).

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página