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Lula se reúne com Temer e Sarney e afaga PMDB em nome da aliança nas eleições
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Em busca de consolidar a aliança do PT com o PMDB nas eleições de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou para uma conversa nesta quarta-feira o presidente eleito do partido, Michel Temer (PMDB-SP), e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Num afago aos peemedebistas, Lula cumprimentou Temer pela sua reeleição no comando do PMDB e se mostrou disposto a trabalhar para solucionar impasses em Estados onde a aliança pode não ser consolidada.
"Ele queria me cumprimentar em função da eleição [à presidência do PMDB]. Disse que a ministra Dilma já havia ligado, ele ainda não havia ligado, por isso queria cumprimentar pessoalmente. Falamos rapidamente sobre a relação PT-PMDB. Sobre a aliança, é possível, nós vamos conversando", afirmou.
O encontro ocorreu depois do mal-estar provocado com Temer, no ano passado, quando Lula pediu que o PMDB indicasse uma lista tríplice para escolher quem seria o vice-presidente na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência. Num recado direto, a cúpula peemedebista disse que o nome do partido para a chapa é o de Temer, reeleito no comando da legenda para mostrar sua força política entre os filiados.
Sem revelar detalhes da conversa, Temer disse que o encontro foi "muito rápido", num gesto de cortesia de Lula. Questionado sobre os impasses regionais que emperram a aliança, Temer disse que a ideia é discuti-los conjuntamente. "Estamos conversando. É claro que ao longo do tempo estamos dizendo que precisamos solucionar impasses regionais para prosseguir na formulação dessa aliança."
Em Estados como o Rio Grande do Sul e a Bahia, PT e PMDB têm candidatos próprios aos governos estaduais. A ministra Dilma, pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, terá que subir em dois palanques nessas localidades, caso a aliança seja consolidada nacionalmente.
Dentro do PMDB, a cúpula da legenda diz haver unidade para a aliança com os petistas em outubro. Há um grupo peemedebista, porém, que questiona o acordo ao defender o nome do governador Roberto Requião (PMDB-PR) para disputar a Presidência da República em nome do partido.
Em junho, o PMDB realiza convenção nacional para decidir se vai integrar a chapa de Dilma. Os peemedebistas já deram início às discussões para elaborar o futuro programa de governo da ministra, que será apresentado ao PT após a sua conclusão.
Os peemedebistas querem participação "integral" no eventual governo da petista como forma de consolidar o apoio oferecido durante a disputa eleitoral.
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