Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/02/2010 - 10h37

"Diário Oficial" publica exoneração de general que criticou plano de direitos humanos

Publicidade

da Folha Online

A exoneração de Maynard Marques de Santa Rosa do cargo de chefe do Departamento-Geral do Pessoal do Exército foi publicada nesta quinta-feira pelo "Diário Oficial" da União.

Em nota divulgada ontem, o Ministério da Defesa informa que a exoneração de Santa Rosa foi motivada pelas declarações do general contra o Programa de Direitos Humanos, criado por decreto presidencial.

Leia íntegra da nota da Defesa

"Diante do caso, o comandante do Exército sugeriu que a providência solicitada pelo ministro [da Defesa, Nelson Jobim] fosse a exoneração do oficial-general, proposta aceita e imediatamente encaminhada à apreciação do presidente da República", diz a nota.

Divulgação
General (foto) é exonerado após declaração sobre plano de direitos humanos
General (foto) é exonerado após declaração sobre plano de direitos humanos

Segundo reportagem publicada ontem pela Folha, o general afirmou que a comissão da verdade, criada pelo governo para investigar crimes contra os direitos humanos durante a ditadura militar (1964-1985), seria formada por "fanáticos" e viraria uma "comissão da calúnia".

A reportagem informa que Santa Rosa, que é general de quatro estrelas (maior patente militar) e parte do Alto Comando do Exército, disse que os integrantes da comissão seriam os "mesmos fanáticos que, no passado recente, adotaram o terrorismo, o sequestro de inocentes e o assalto a bancos como meio de combate ao regime, para alcançar o poder".

Na nota que circula na internet, ele diz: "Confiar a fanáticos a busca da verdade é o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa. A história da inquisição espanhola espelha o perigo do poder concedido a fanáticos. Quando os sicários de Tomás de Torquemada [1420-1498] viram-se livres para investigar a vida alheia, a sanha persecutória conseguiu flagelar 30 mil vítimas por ano".

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página