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31/05/2005
-
09h08
FERNANDA KRAKOVICS
RANIER BRAGON
FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo
Os principais líderes governistas desembarcaram ontem em Brasília dispostos a atuar em três frentes para minimizar o impacto da CPI dos Correios: restringir a investigação só à estatal, não abrir mão da relatoria ou da presidência da comissão e protelar ao máximo seu funcionamento.
"Vamos usar todos os espaços regimentais que temos à disposição. Se a tradição [de trâmite vagaroso] nos favorece, vamos usar a tradição. Além disso, vamos brigar para ter a presidência e a relatoria", resumiu o líder do PT na Câmara, Paulo Rocha (PA).
O primeiro embate já foi adiado, já que a análise de recurso anti-CPI na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, prevista para hoje, ficou para quinta.
Embora vá insistir no recurso, o governo joga suas reais fichas na tentativa de colocar limites, na CCJ, à investigação, que pode descambar para outras estatais. "O parecer acolhe ou não o recurso, a CCJ não tem o poder de determinar como a CPI vai operar", contesta Alberto Goldman (SP), líder do PSDB na Câmara. Até a noite de ontem, a CCJ não havia recebido o recurso, assinado pelo deputado João Leão (PL-BA).
A intenção do governo é usar essa comissão como o primeiro obstáculo protelatório, já que os partidos aliados ao governo só pretendem indicar os integrantes da CPI após a decisão da CCJ.
A oposição, porém, já escolheu seus nomes. No PSDB são os senadores Sérgio Guerra (PE) e Antero Paes de Barros (MT) e os deputados Gustavo Fruet (PR) e Eduardo Paes (RJ). A sigla reúne hoje sua Executiva Nacional em Brasília para decidir estratégia para assegurar a instalação da CPI.
Os pefelistas indicados são José Jorge (PE), Heráclito Fortes (PFL-PI) e César Borges (PFL-BA), pelo Senado, e Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) e Onyx Lorenzoni (PFL-RS), pela Câmara.
O PDT indicou o senador Jefferson Péres (PDT-AM) e o deputado Alvaro Dias (RN). Completa a lista da oposição a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL). O único partido governista a fazer a sua indicação foi o PP, no Senado, com Valmir Amaral (DF).
A estratégia de esperar pela CCJ foi combinada com o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a quem cabe a indicação dos componentes da CPI diante da omissão das lideranças. Além disso, o governo não aceitava até ontem a exigência da oposição de ter a presidência ou a relatoria. A idéia era fazer valer sua maioria e indicar os dois postos-chaves. Ação paralela à CPI que estava prevista para hoje também deve ser adiada: a instalação da CPI do Setor Elétrico, que investigaria privatizações feitas no governo FHC.
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RANIER BRAGON
FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo
Os principais líderes governistas desembarcaram ontem em Brasília dispostos a atuar em três frentes para minimizar o impacto da CPI dos Correios: restringir a investigação só à estatal, não abrir mão da relatoria ou da presidência da comissão e protelar ao máximo seu funcionamento.
"Vamos usar todos os espaços regimentais que temos à disposição. Se a tradição [de trâmite vagaroso] nos favorece, vamos usar a tradição. Além disso, vamos brigar para ter a presidência e a relatoria", resumiu o líder do PT na Câmara, Paulo Rocha (PA).
O primeiro embate já foi adiado, já que a análise de recurso anti-CPI na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, prevista para hoje, ficou para quinta.
Embora vá insistir no recurso, o governo joga suas reais fichas na tentativa de colocar limites, na CCJ, à investigação, que pode descambar para outras estatais. "O parecer acolhe ou não o recurso, a CCJ não tem o poder de determinar como a CPI vai operar", contesta Alberto Goldman (SP), líder do PSDB na Câmara. Até a noite de ontem, a CCJ não havia recebido o recurso, assinado pelo deputado João Leão (PL-BA).
A intenção do governo é usar essa comissão como o primeiro obstáculo protelatório, já que os partidos aliados ao governo só pretendem indicar os integrantes da CPI após a decisão da CCJ.
A oposição, porém, já escolheu seus nomes. No PSDB são os senadores Sérgio Guerra (PE) e Antero Paes de Barros (MT) e os deputados Gustavo Fruet (PR) e Eduardo Paes (RJ). A sigla reúne hoje sua Executiva Nacional em Brasília para decidir estratégia para assegurar a instalação da CPI.
Os pefelistas indicados são José Jorge (PE), Heráclito Fortes (PFL-PI) e César Borges (PFL-BA), pelo Senado, e Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) e Onyx Lorenzoni (PFL-RS), pela Câmara.
O PDT indicou o senador Jefferson Péres (PDT-AM) e o deputado Alvaro Dias (RN). Completa a lista da oposição a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL). O único partido governista a fazer a sua indicação foi o PP, no Senado, com Valmir Amaral (DF).
A estratégia de esperar pela CCJ foi combinada com o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a quem cabe a indicação dos componentes da CPI diante da omissão das lideranças. Além disso, o governo não aceitava até ontem a exigência da oposição de ter a presidência ou a relatoria. A idéia era fazer valer sua maioria e indicar os dois postos-chaves. Ação paralela à CPI que estava prevista para hoje também deve ser adiada: a instalação da CPI do Setor Elétrico, que investigaria privatizações feitas no governo FHC.
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