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17/02/2010 - 08h01

Aliados divergem sobre renúncia de Arruda ao governo do DF

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da Folha de S.Paulo, em Brasília
da Folha Online, em Brasília

Aliados do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), estão divididos em relação à possibilidade de sua renúncia.

Acusado de operar suposto esquema de corrupção no governo, Arruda completa hoje sete dias de prisão preventiva na superintendência da Polícia Federal em Brasília sob acusação de tentar obstruir a investigação. A previsão é que ele não tenha o mérito do seu pedido de habeas corpus analisado até a semana que vem pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Como a decisão ainda não foi tomada, os interlocutores de Arruda na Câmara Distrital vão tentar adiar para a próxima semana a análise sobre a admissibilidade dos cinco pedidos de impeachment do governador. A reunião, por enquanto, está marcada para amanhã.

A Folha apurou que o mais contundente contra a renúncia de Arruda é Fábio Simão, seu ex-chefe de gabinete e um dos interlocutores mais próximos do governador afastado. Simão também é investigado pela Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora, acusado de ser um dos operadores do esquema. Ele diz que Arruda não tem mais nada a perder e, se deixar o cargo, será abandonado.

Na outra frente, estão deputados como Alírio Neto (PPS), ex-secretário de Justiça, para quem ao se manter no cargo Arruda está contaminando a parte jurídica do processo. Ao renunciar, ele não poderia mais ser acusado pela Justiça de usar a máquina para prejudicar a investigação, o que poderia ajudar na sua soltura.

Um dos poucos a não deixar o cargo após o escândalo, o secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga (PMDB), disse que Arruda não mostrou disposição de renunciar.

Mesmo sem a decisão tomada, Paulo Octávio (DEM), que assumiu o governo do DF interinamente, se movimenta para ficar no cargo. Hoje ele deve ser recebido pelo presidente Lula. O interino enfrenta processos de impeachment e de expulsão do DEM.

Na Justiça, a análise do mérito sobre o pedido de habeas corpus de Arruda só ocorrerá depois que a Procuradoria-Geral da República se manifestar sobre a negativa dada pelo ministro do STF Marco Aurélio Mello -que manteve Arruda preso na sexta-feira passada.

Marco Aurélio acredita que a análise só ocorrerá na quarta ou quinta que vem, pois a Procuradoria tem até dois dias para enviar seu parecer. Assim que isso acontecer, Marco Aurélio leva sua decisão para análise de mérito na Primeira Turma do tribunal, formada por cinco ministros. Eles podem levá-la ainda a plenário.

Ontem, Arruda apareceu pela primeira vez na janela da Superintendência da PF, enquanto um grupo de católicos fazia uma novena em seu apoio.

Monitoramento

Documentos apreendidos pela PF com integrantes do governo do DF indicam que adversários e membros da administração podem ter sido monitorados. Os agentes encontraram no gabinete de um assessor de Arruda gravações de conversas de um ex-secretário ligado a Joaquim Roriz (PSC), principal rival do governador.

Essa é a segunda denúncia ligando Arruda a espionagem. Ele é suspeito de usar a estrutura da Polícia Civil para monitorar promotores que atuaram na apuração do esquema do DEM.

 

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