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09/06/2005 - 13h11

PFL entra com notícia-crime contra Delúbio no Ministério Público

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O PFL entrará hoje na Procuradoria Regional da República da 1ª Região com uma notícia-crime contra o tesoureiro do PT, Delúbio Soares. O objetivo dos pefelistas é gerar uma investigação sobre supostas captações de recursos em empresas estatais e o posterior pagamento de mesada aos deputados do PP e PL.

"Nós entregaremos os dados e fatos ao Ministério Público e, em função disso, abrirá ou não o processo contra o Delúbio Soares", informou o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC).

O tesoureiro do PT foi acusado pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), em entrevista publicada pela Folha na última segunda-feira, de pagar R$ 30 mil mensais a deputados do PP e PL em troca de apoio aos projetos de interesse do Executivo --o chamado "mensalão".

Ontem, em São Paulo, em entrevista coletiva na sede do PT, Delúbio negou as acusações de Jefferson e disse ter sido "caluniado e massacrado" e afirmou que a declaração é na verdade "chantagem". "Estou indignado com o que foi dito. O PT não participa de compra de votos de deputados", afirmou em sua primeira entrevista após a divulgação das denúncias.

Outros envolvidos

O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (PFL), indicou que a suposta ação de Delúbio, se confirmada, deve levar a outros envolvidos. "Para ele tomar uma decisão como essa [de pagar mesada aos deputados], precisava de uma decisão coletiva. Não foi o Delúbio Soares sozinho que tomou essa decisão", afirmou.

Maia disse que está disposto a depor na CPI dos Correios para relatar as denúncias feitas a ele por deputados que teriam presenciado o pagamento da mesada.

"Um dos depoimentos foi de um parlamentar que estaria num restaurante em Brasília em que foram entregues envelopes ou pacotes e que ele desconfia que foram [entregues] com esse objetivo [pagamento de mesada]. Eu só posso citar o nome do parlamentar se eles me autorizarem. Já não se trata de três depoimentos. São dezenas e dezenas", afirmou.

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