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13/06/2005 - 07h39

Depois de denúncias, Jefferson deve se afastar da presidência do PTB

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), inicia a semana certo de que deixará a direção do partido na sexta-feira, data da reunião da Executiva da legenda convocada por ele.

Aos correligionários, entregará uma carta em que pede seu afastamento da presidência do partido enquanto prosseguirem as investigações de sua participação no esquema de corrupção nos Correios e as denúncias apresentadas por ele à Folha de S.Paulo da existência de um "mensalão" supostamente pago pelo PT a deputados do PP e PL em troca de apoio a projetos de interesse do Executivo.

Na próxima quarta-feira, presta um depoimento secreto à Corregedoria da Câmara. Falará a um colegiado de parlamentares que tem como principais integrantes dois deputados do PP --Ciro Nogueira (PI) e Robson Tuma (SP)--, partido liderado por José Janene (PR), apontado por Jefferson como um dos operadores do "mensalão".

Amanhã, em depoimento aberto ao Conselho de Ética da Câmara, que já instaurou processo que pode culminar em sua cassação, deve repetir todas as declarações já dadas sobre o pagamento de mesada com a suposta anuência do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, cujo gabinete foi usado, conforme as denúncias, para as negociações entre o PTB e o governo sobre a distribuição de cargos em empresas estatais.

Entretanto, em entrevista à Folha neste domingo, Jefferson adiantou que não tem gravações ou outras provas concretas das acusações até aqui feitas.

Também nesta terça-feira, Jefferson saberá quem serão os parlamentares --um senador e um deputado-- que dirigirão a CPI mista, criada para investigar o caso de corrupção nos Correios. Os líderes governistas resistem em deixar que o PFL indique o senador César Borges (BA) para a relatoria das investigações. Temem que o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) controle a CPI por intermédio de Borges, seu apadrinhado.

Os integrantes da base não querem também que um petista assuma a tarefa de relatar as investigações por considerarem que o partido não tem quadros para o trabalho. Nesta segunda, tentam um acordo com a oposição para a escolha de um outro nome. Encontrarão disposição para negociar no PSDB, mas resistência no PFL. A persistir esse quadro, os cargos de presidente e relator da CPI serão decididos nos votos.

Os candidatos do governo, que devem vencer numa provável disputa, são o líder do PT no Senado, Delcídio Amaral (MS), para a presidência, e o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), para a relatoria.

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