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15/06/2005
-
21h34
da Agência Folha, em Belo Horizonte
O Banco Rural afirmou ontem, por meio de nota, que "jamais" teve qualquer participação no esquema do "mensalão" denunciado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). E, ponto por ponto, o banco negou todas as acusações em que o nome da instituição foi envolvido, seja pelas declarações do deputado do PTB ou de Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Marcos Valério.
"O Banco Rural jamais contribuiu para o chamado "esquema mensalão"', disse o banco na nota, acrescentando que todos os depósitos recebidos dos seus clientes "necessariamente devem ter sua origem identificada e comprovada, sob pena de que indícios de irregularidades sejam comunicados às autoridades competentes".
Com relação aos saques, a nota diz que "o destino de eventuais saques em dinheiro, efetuados por clientes do Banco Rural, não está sob o controle da instituição financeira". E acrescentou que "é praxe no mercado que saques efetuados por clientes em valores iguais ou superiores a R$ 10 mil sejam entregues em pacotes de notas aglutinadas, conferidas e cintadas com papel identificador da instituição financeira".
Essa explicação deve-se ao fato de Jefferson ter dito que o dinheiro vinha com as cintas do banco. E, em seguida, o banco comenta declarações de Somaggio de que os office-boys da SMP&B --que faz a publicidade do banco --retiravam altos valores: "Todo e qualquer saque, independentemente do valor, quando devidamente autorizado pelo cliente, pode ser feito por qualquer pessoa designada pelo mesmo, conforme legislação vigente".
Sobre o Delúbio Soares, tesoureiro do PT, ter usado avião do banco, o Rural informou que "esporadicamente e de forma profissional", funcionários, fornecedores e clientes usam o avião "para otimizar o tempo nos deslocamentos de trabalho", mas disse não ter nenhum registro de que Delúbio tenha usado o avião.
Também afirmou que, em relação à CPI do Banestado, o banco foi transparente ao fazer um depoimento aberto ao público e que todos os esclarecimentos foram prestados. E afirma que o então vice-presidente José Augusto Dumont, já morto, "mantinha contatos com varias personalidades, tanto da iniciativa privada quanto das esferas pública e política", mas que não há registros de que ele esteve em Brasília em 22 de julho de 2003.
Especial
Leia a cobertura completa sobre o caso da mesada no Congresso
Banco Rural divulga nota e nega envolvimento
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O Banco Rural afirmou ontem, por meio de nota, que "jamais" teve qualquer participação no esquema do "mensalão" denunciado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). E, ponto por ponto, o banco negou todas as acusações em que o nome da instituição foi envolvido, seja pelas declarações do deputado do PTB ou de Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Marcos Valério.
"O Banco Rural jamais contribuiu para o chamado "esquema mensalão"', disse o banco na nota, acrescentando que todos os depósitos recebidos dos seus clientes "necessariamente devem ter sua origem identificada e comprovada, sob pena de que indícios de irregularidades sejam comunicados às autoridades competentes".
Com relação aos saques, a nota diz que "o destino de eventuais saques em dinheiro, efetuados por clientes do Banco Rural, não está sob o controle da instituição financeira". E acrescentou que "é praxe no mercado que saques efetuados por clientes em valores iguais ou superiores a R$ 10 mil sejam entregues em pacotes de notas aglutinadas, conferidas e cintadas com papel identificador da instituição financeira".
Essa explicação deve-se ao fato de Jefferson ter dito que o dinheiro vinha com as cintas do banco. E, em seguida, o banco comenta declarações de Somaggio de que os office-boys da SMP&B --que faz a publicidade do banco --retiravam altos valores: "Todo e qualquer saque, independentemente do valor, quando devidamente autorizado pelo cliente, pode ser feito por qualquer pessoa designada pelo mesmo, conforme legislação vigente".
Sobre o Delúbio Soares, tesoureiro do PT, ter usado avião do banco, o Rural informou que "esporadicamente e de forma profissional", funcionários, fornecedores e clientes usam o avião "para otimizar o tempo nos deslocamentos de trabalho", mas disse não ter nenhum registro de que Delúbio tenha usado o avião.
Também afirmou que, em relação à CPI do Banestado, o banco foi transparente ao fazer um depoimento aberto ao público e que todos os esclarecimentos foram prestados. E afirma que o então vice-presidente José Augusto Dumont, já morto, "mantinha contatos com varias personalidades, tanto da iniciativa privada quanto das esferas pública e política", mas que não há registros de que ele esteve em Brasília em 22 de julho de 2003.
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