Publicidade
Publicidade
Comissão do Senado discute reforma administrativa da Casa
Publicidade
da Folha Online
O Senado realiza nesta quinta-feira uma audiência para discutir a reforma administrativa da Casa na comissão criada com este objetivo. Crítico da gestão José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Senado, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) foi eleito para presidir a comissão.
Jarbas escolheu o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) para relatar os trabalhos da comissão, mas o tucano admitiu ter dificuldades para implantar mudanças na instituição sem desagradar "interesses".
A proposta de reforma administrativa do Senado foi elaborada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) em meio à crise política que atingiu a instituição, mas os senadores decidiram analisá-la em detalhes para que sua implementação seja viável. Desde de que chegou ao Senado, no ano passado, o texto passou por mudanças incluídas pela cúpula da instituição.
Tasso disse que pretende apresentar proposta de consenso, elaborada conjuntamente pelos seis senadores designados para integrar a comissão. O objetivo do tucano é viabilizar uma reforma que reduza os gastos da Casa sem prejudicar sua estrutura de trabalho.
"Passamos o ano passado dificílimo, a instituição foi questionada. Agora, temos a responsabilidade de tentar restituir a credibilidade dessa instituição", disse.
Além de Tasso e Jarbas, os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Pedro Simon (PMDB-RS) e Antônio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA) integram a comissão.
"Se não houver proposta consensual da comissão suprapartidária, não vamos avançar", afirmou Tasso.
O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), sugeriu que a comissão conclua a proposta de reforma até o final de março.
Tasso disse que vai trabalhar em conjunto com ACM Júnior para cumprir o prazo, mas os parlamentares afirmam que será difícil discutir um tema complexo em pouco tempo.
Reforma
Encaminhada pela FGV ao Senado em agosto de 2009, até agora a reforma administrativa não saiu do papel. A reforma seria a resposta da Casa aos escândalos que atingiram a instituição ao longo do ano passado. O futuro projeto de resolução com a reforma administrativa reúne 661 artigos, em 124 páginas.
No texto, é estabelecido o número de diretores, cargos de chefia, funcionários efetivos e comissionados da Casa. Os gabinetes dos senadores foram poupados. A redução para o máximo de 25 servidores por gabinete só se dará em 2011, se não houver mudanças, após eleição dos novos senadores. Atualmente, há até 79 servidores em gabinetes do Senado.
A Diretoria de Recursos Humanos do Senado afirma que a reforma vai reduzir em 40% os gastos da Casa com funções comissionadas. A redução vai ser consequência, segundo a diretoria, da diminuição de gratificações pagas a servidores efetivos da Casa. Entre funções gerenciais, de assessoramento e de assistência técnica, o Senado vai reduzir das atuais 2.034 para 1.229.
A diretoria também estima a redução de 20% nos gastos totais da Casa. O custo mensal da Casa hoje, apenas com servidores comissionados, é da ordem de R$ 3 milhões. Após a reforma, a cúpula do Senado estima que será de R$ 1,8 milhão.
Leia mais
- Jarbas vai presidir comissão que analisará reforma administrativa do Senado
- Senado termina 2009 sem aprovar reforma administrativa encomendada para a FGV
- Sarney diz que reforma reduzirá em 40,3% estrutura de servidores do Senado
Outras notícias de política
- Comissão na Câmara do DF vota amanhã pedidos de impeachment contra Arruda
- Requião acusa Paulo Bernardo de propor superfaturamento de obra no PR
- PSDB se adianta e monta estrutura de pré-campanha com "cara" de Serra
Especial
Livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice