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29/06/2005
-
15h50
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
Os membros da CPI dos Correios, criada para investigar denúncias de corrupção na estatal, aprovaram na tarde desta quarta-feira a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e bancário do empresário e sócio de agência SMPB e DNA, Marcos Valério de Souza, e de Arthur Wascheck Neto, um dos donos da empresa Comam (Comercial Alvorada de Manufaturados), que fornecia material de saúde e informática para os Correios. A CPI terá acesso a dados retroativos a cinco anos.
Com a medida, a CPI dos Correios quer comprovar as declarações de Wascheck prestadas em seu depoimento à comissão em que admitiu a responsabilidade pela gravação em que o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material Maurício Marinho recebe R$ 3.000 e revelou que operava na estatal com o aval do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).
Em depoimento à CPI dos Correios , Wascheck alegou que encomendou a gravação porque "sentiu" que algo "andava errado" nas licitações feitas durante a gestão de Marinho.
Banco Rural
Valério, apontado por Jefferson como um dos operadores do "mensalão", suposta mesada dada a deputados do PP e do PL em troca de apoio político, tem contrato de publicidade com os Correios. Junto ao requerimento de quebra de sigilos dele, a CPI aprovou outros dois pedidos que podem levar a comissão a encontrar vínculos do empresário com o pagamento de mesadas.
Um deles obriga o Banco Rural a identificar em 15 dias todo os saques realizados em dinheiro nas agências de Belo Horizonte superiores a R$ 100 mil, desde janeiro de 2003, a partir das contas da empresa de Marcos Valério --SMPB Comunicação --de suas coligadas e seus sócios. Nos depoimento de Roberto Jefferson, o deputado dizia que Valério sacava grandes somas em dinheiro nas agências do Banco Rural da capital mineira.
Os integrantes da CPI aprovaram também um requerimento para que os Correios remetam à comissão a lista de pessoas que entraram na sede da empresa desde janeiro de 2003. Outro requerimento aprovado pede que as investigações da CPI prossigam durante julho, durante o recesso parlamentar.
A CPI deve votar ainda hoje outros requerimentos que pedem a quebra dos sigilos da mulher de Valério, Renilda Fernandes de Souza, e das empresas dele.
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da Folha Online, em Brasília
Os membros da CPI dos Correios, criada para investigar denúncias de corrupção na estatal, aprovaram na tarde desta quarta-feira a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e bancário do empresário e sócio de agência SMPB e DNA, Marcos Valério de Souza, e de Arthur Wascheck Neto, um dos donos da empresa Comam (Comercial Alvorada de Manufaturados), que fornecia material de saúde e informática para os Correios. A CPI terá acesso a dados retroativos a cinco anos.
Reprodução |
Marcos Valério de Souza |
Em depoimento à CPI dos Correios , Wascheck alegou que encomendou a gravação porque "sentiu" que algo "andava errado" nas licitações feitas durante a gestão de Marinho.
Banco Rural
Valério, apontado por Jefferson como um dos operadores do "mensalão", suposta mesada dada a deputados do PP e do PL em troca de apoio político, tem contrato de publicidade com os Correios. Junto ao requerimento de quebra de sigilos dele, a CPI aprovou outros dois pedidos que podem levar a comissão a encontrar vínculos do empresário com o pagamento de mesadas.
Alan Marques/Folha Imagem |
Arthur Wascheck Neto |
Os integrantes da CPI aprovaram também um requerimento para que os Correios remetam à comissão a lista de pessoas que entraram na sede da empresa desde janeiro de 2003. Outro requerimento aprovado pede que as investigações da CPI prossigam durante julho, durante o recesso parlamentar.
A CPI deve votar ainda hoje outros requerimentos que pedem a quebra dos sigilos da mulher de Valério, Renilda Fernandes de Souza, e das empresas dele.
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