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03/07/2005 - 09h29

Genoino diz que não conhecia Marcos Valério quando assinou empréstimo

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da Folha Online

O presidente do PT, José Genoino, disse neste sábado que não conhecia o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza quando assinou, em confiança ao tesoureiro do partido, Delúbio Soares, o contrato para o empréstimo de R$ 2,4 milhões com o banco mineiro BMG, em 2003. Valério é um dos avalistas e dono de empresas de propaganda atuam junto a estatais e já faturaram mais de R$ 140 milhões em contratos de prestação de serviço.

Após reportagem da revista "Veja", que divulgou as informações sobre o empréstimo, o presidente do partido convocou uma reunião extraordinária da Executiva Nacional para este domingo. O encontro em São Paulo, no entanto, foi adiado para a próxima terça-feira, às 10h.

De acordo com nota divulgada pelo PT, a alteração da data aconteceu por uma questão de agenda --se a reunião fosse realizada no domingo, alguns membros da Executiva não poderiam comparecer. O comunicado diz ainda que, na segunda-feira, Genoino participa do programa "Roda Viva", na TV Cultura.

Denúncia

A "Veja" desmente as declarações que Valério deu nas últimas semanas --a de que ele não teria vínculos comerciais com o Partido dos Trabalhadores, mas só de amizade com seu tesoureiro, Delúbio Soares. A revelação se torna mais um componente gravíssimo na crise e mantém o governo como um todo em xeque.

Em nota divulgada no final da tarde de ontem, Soares afirmou que, pelo fato de o partido ter patrimônio insuficiente, o banco exigiu aval de pessoa com patrimônio compatível. "Como nosso patrimônio é notoriamente insuficiente para garantir uma dívida desse valor, o BMG exigiu aval de pessoa com patrimônio compatível, tendo Marcos Valério Fernandes de Souza concordado em nos dar essa garantia", diz um trecho da nota.

Soares afirmou que os juros de R$ 349,9 mil foram pagos pelo publicitário, que se tornou credor junto ao PT.

O tesoureiro do PT disse que tinha dado a Genoino apenas informações referentes às operações celebradas com o Banco Rural. Na reportagem de "Veja", Genoino nega que Valério tivesse sido avalista em operações bancárias.

Valério é também o principal suspeito de operar uma enorme rede de corrupção política, o chamado "mensalão" --pagamento de mesadas a deputados federais dispostos a "ajudar" o governo Luiz Inácio Lula da Silva a aprovar seus projetos na Câmara Federal.

Em nota divulgada na tarde deste sábado, Valério afirma que "não fará comentários por considerar as informações fruto de violação de sigilo bancário".

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