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04/07/2005 - 20h49

ACM diz que Brasil não pode ter dois impeachments em 12 anos

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MANUELA MARTINEZ
Colaboração para Agência Folha, em Salvador

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), 77, defendeu nesta segunda-feira a realização de uma união partidária para impedir "salvar" o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Nós precisamos salvar o Lula porque fica muito ruim dois impeachments de presidente em 12 anos", disse o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), referindo-se ao afastamento do presidente Fernando Collor, em 1992.

Em entrevista ao vivo ao programa "Jogo Aberto", da Rede Bandeirantes, ACM disse a única alternativa para o presidente Lula concluir o seu mandato é uma união partidária que coloque os interesses do país à frente de tudo. "Temos que fazer tudo para manter o presidente Lula, até mesmo disfarçar algumas coisas que possam respingar sobre ele", disse o senador.

ACM afirmou que a população brasileira não deve ir às ruas pedir o afastamento do presidente em conseqüência das denúncias de corrupção que envolvem o governo. "O povo não tem que ir para as ruas para não dar uma idéia de golpe. Ele [Lula] deve ser derrotado nas urnas, pelo próprio povo que o elegeu."

No programa, apresentado por Mário Kertész, ex-prefeito de Salvador, ACM fez duras críticas a quatro componentes do ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As baterias mais pesadas foram dirigidas ao ministro Luiz Gushiken (Comunicação de Governo) e ao publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado pelo deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) como o operador do suposto "mensalão".

"Juntos, os dois fazem as maiores roubalheiras do país", disse ACM, ao ser entrevistado. Irônico, o senador baiano sugeriu que o cantor e compositor Gilberto Gil, ministro da Cultura, não enxerga a corrupção.

"Pensar que o Gilberto Gil, que é um grande brasileiro, um homem inteligente, vai pensar que estão roubando aqui ou ali é não conhecê-lo: Gilberto Gil quer é fazer sua festa, sua alegria e a dos brasileiros",

Apesar das críticas, Antonio Carlos Magalhães disse que está disposto a "ajudar" a salvar o governo do presidente Lula. "O presidente precisa, primeiro, afastar do seu lado as pessoas que o atrapalham desde o início da administração, os derrotados estaduais que estão no governo."

Ainda durante o programa, ACM criticou ainda o ministro Olívio Dutra (Cidades), que foi classificado pelo político baiano como "louco", sem condições de "fazer coisa alguma". A irritação de ACM com Dutra aumentou há pouco mais de dez dias, quando o ministro, em visita à capital baiana, anunciou que o governo federal não iria renovar o convênio com o Bird (Banco Mundial) que prevê o repasse de verbas para o metrô de Salvador, cujas obras estão praticamente paralisadas.

O ministro Miguel Rossetto (Reforma Agrária) também não escapou das críticas do senador baiano. "Ele só sabe ajudar os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, ou seja, está prejudicando os que produzem no Brasil."

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