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05/07/2005 - 10h32

Congresso deve criar hoje a CPI mista do "mensalão"

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

A presidência do Senado confirmou para esta terça-feira, às 20h, em sessão conjunta do Congresso, a leitura do requerimento de criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista do "mensalão". A comissão investigará as denúncias do suposto esquema de pagamento de mesada a deputados da base, por parte do governo.

Caso a base aliada ao governo na Câmara consiga destravar a pauta da Casa na tarde de hoje, poderá ser votado ainda nesta terça-feira, no plenário, o requerimento de criação da CPI exclusiva da Câmara, destinada a investigar o suposto esquema de compra de votos de deputados ainda no período do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Para que a CPI da Câmara seja instalada é preciso que o plenário vote a MP (medida provisória) 250, que abre crédito extraordinário de R$ 30 milhões para auxílio às vítimas da estiagem na região Sul. O requerimento de criação da CPI da compra de votos foi objeto de disputa dentro do plenário da Câmara e obstruiu os trabalhos da Casa na última semana.

Apesar de poderem ser criadas hoje, as duas CPIs só funcionarão efetivamente em agosto. Após a leitura do requerimento de criação da CPI mista do "mensalão", será aberto o prazo para a indicação, por parte das lideranças partidárias, dos integrantes da comissão. Ao todo, serão 32 membros titulares e 32 suplentes, divididos em 16 titulares do Senado e 16 da Câmara. A suplência está dividida da mesma forma.

Após a indicação, e provavelmente já em agosto, será indicado o presidente da CPI e eleito o seu relator. Assim como ocorreu na CPI mista dos Correios, a base aliada deve querer o controle do comando da CPI.

A oposição já afirmou que aceita a CPI exclusiva da Câmara para investigar apenas a compra de votos no período do governo FHC. Um dos fatores que impede a CPI da Câmara de investigar o esquema do "mensalão", na opinião dos líderes da oposição, é o fato de os seus principais signatários serem os deputados José Janene (PP-PR) e Sandro Mabel (PL-GO).

Os dois foram apontados pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como responsáveis pela distribuição nas bancadas dos seus partidos, dos recursos da mesada paga pelo governo.

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