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05/07/2005
-
13h21
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O empréstimo de R$ 2,4 milhões feito pelo PT e que teve como avalista o publicitário Marcos Valério de Souza é difícil de ser explicado, avalia o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que defende o afastamento do tesoureiro petista, Delúbio Soares. O ministro, no entanto, acredita que José Genoino, presidente do partido, desconhecia os detalhes da operação.
"Acho que foi muito negativo essa história do empréstimo. Isso realmente deixou uma situação muito difícil, senão impossível, de explicar", disse.
O empréstimo só serviu para piorar a crise enfrentada pelo governo desde o mês passado. Segundo a denúncia publicada pela revista "Veja" no final de semana, o publicitário, além de avalista, pagou uma parcela de R$ 350 mil atrasada pelo PT. Marcos Valério é apontado como um dos operadores do suposto "mensalão" e tem participação em agências de publicidade que têm contratos com estatais federais.
Para o ministro, seria "prudente" afastar Soares da direção do partido. Ele também cobra "explicações claras" sobre a operação. "Com toda a sinceridade, eu acho que a direção do partido tem que dar explicações claras."
No entanto, não acredita que o mesma atitude deva ser tomada em relação a Genoino. "Eu acredito no que ele está dizendo. Ele não sabia dos detalhes da operação", disse o ministro.
Questionado se seria avalista de Valério, Bernardo respondeu: "Não, eu não o conheço." No entanto, disse que como avalista a pessoa não lê o que assina.
O ministro disse também não acreditar nas denúncias de "mensalão" --suposto pagamento feito pelo PT a parlamentares em troca de apoio ao governo-- feitas pelo deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ). "A questão do 'mensalão' eu não acredito de forma alguma."
Para o ministro, a atual situação política e a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) não atrapalham a aprovação de projetos do govenro no Congresso Nacional.
"Acho que a crise política tem que ser resolvida no âmbito político. O pessoal tem que fazer as investigações, negociar como vai sair desse embaraço político", disse ele, após encontro com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
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Empréstimo do PT é difícil de explicar, diz ministro do Planejamento
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da Folha Online, em Brasília
O empréstimo de R$ 2,4 milhões feito pelo PT e que teve como avalista o publicitário Marcos Valério de Souza é difícil de ser explicado, avalia o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que defende o afastamento do tesoureiro petista, Delúbio Soares. O ministro, no entanto, acredita que José Genoino, presidente do partido, desconhecia os detalhes da operação.
"Acho que foi muito negativo essa história do empréstimo. Isso realmente deixou uma situação muito difícil, senão impossível, de explicar", disse.
O empréstimo só serviu para piorar a crise enfrentada pelo governo desde o mês passado. Segundo a denúncia publicada pela revista "Veja" no final de semana, o publicitário, além de avalista, pagou uma parcela de R$ 350 mil atrasada pelo PT. Marcos Valério é apontado como um dos operadores do suposto "mensalão" e tem participação em agências de publicidade que têm contratos com estatais federais.
Para o ministro, seria "prudente" afastar Soares da direção do partido. Ele também cobra "explicações claras" sobre a operação. "Com toda a sinceridade, eu acho que a direção do partido tem que dar explicações claras."
No entanto, não acredita que o mesma atitude deva ser tomada em relação a Genoino. "Eu acredito no que ele está dizendo. Ele não sabia dos detalhes da operação", disse o ministro.
Questionado se seria avalista de Valério, Bernardo respondeu: "Não, eu não o conheço." No entanto, disse que como avalista a pessoa não lê o que assina.
O ministro disse também não acreditar nas denúncias de "mensalão" --suposto pagamento feito pelo PT a parlamentares em troca de apoio ao governo-- feitas pelo deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ). "A questão do 'mensalão' eu não acredito de forma alguma."
Para o ministro, a atual situação política e a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) não atrapalham a aprovação de projetos do govenro no Congresso Nacional.
"Acho que a crise política tem que ser resolvida no âmbito político. O pessoal tem que fazer as investigações, negociar como vai sair desse embaraço político", disse ele, após encontro com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
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