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05/07/2005 - 13h26

Delúbio pede afastamento da direção do PT

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da Folha Online

O tesoureiro do PT, Delúbio Soares, pediu nesta terça-feira afastamento do cargo, segundo o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). A informação, no entanto, não foi confirmada pela direção do PT.

Se a direção do partido confirmar, Delúbio será o segundo dirigente petista a pedir afastamento nesta semana. Ontem, o secretário-geral do partido, Silvio Pereira, havia pedido licença do cargo.

Delúbio é um dos citados pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como um dos "cabeças" do suposto esquema de pagamento de mesada a deputados da base aliada --o "mensalão". Jefferson acusou Delúbio de ter o publicitário mineiro Marcos Valério como um dos "operadores" do suposto "mensalão". Segundo o deputado, Valério fazia a "distribuição de recursos", em malas.

Na última quinta-feira (30), em nova entrevista à Folha, Jefferson afirmou ter ouvido relato de um então diretor de Furnas Centrais Elétricas sobre um suposto caixa dois da estatal. De R$ 3 milhões, segundo o deputado, R$ 1 milhão iria para o "PT nacional, pelas mãos do Delúbio".

Delúbio negou as acusações, chamando-as de "chantagem" e tentativa de golpe da direita.

Eduardo Knapp/ FI
O tesoureiro do PT, Delúbio Soares
O tesoureiro do PT, Delúbio Soares
O tesoureiro vinha sendo pressionado para se afastar da direção da sigla depois das denúncias, mas sua situação se complicou no último final de semana, quando admitiu ter dado informação equivocada ao presidente da sigla, José Genoino, sobre um empréstimo de R$ 2,4 milhões com o banco mineiro BMG, em 2003.

O empréstimo teve como avalista o publicitário Marcos Valério, apontado por Jefferson como operador do "mensalão" e cujas empresas de propaganda atuam junto a estatais e já faturaram mais de R$ 140 milhões em contratos de prestação de serviço.

Ao contrário de Delúbio e Pereira, Genoino deverá ser poupado. Integrantes da Executiva, que se reúne em caráter emergencial para discutir a crise, disseram ontem estar dispostos a conceder o benefício da dúvida ao presidente da sigla e ouvir o que ele tem a dizer antes de tomar qualquer decisão.

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