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07/07/2005 - 09h04

Petistas tentam ligar publicitário a FHC

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da Folha de S.Paulo

Em suas intervenções, os petistas tentaram direcionar o depoimento do publicitário Marcos Valério de Souza para contratos estabelecidos com o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e com administrações tucanas em Minas Gerais. A tentativa de desviar o foco da gestão petista motivou protestos da oposição.

Além dos contratos das agências das quais Valério é sócio com os ministérios dos Esportes e do Trabalho, o Banco do Brasil e a Eletronorte, firmados no governo FHC, foram citados os negócios do publicitário com o governo de Minas na gestão do hoje senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Ele também presta serviços para o governo de Aécio Neves (PSDB).

Azeredo, o vice-governador Clésio Andrade e Valério respondem a processo no STF (Supremo Tribunal Federal) por improbidade administrativa devido a cotas de patrocínio destinadas pelas estatais Comig e Copasa a três eventos realizados pela SMPB, da qual o publicitário é sócio.

"Não posso dizer que isso prova relação inadequada de Valério com o PSDB porque o processo ainda não transitou em julgado. Também não devo fazer isso para não alimentar um ambiente de denuncismo", disse o deputado Henrique Fontana (PT-RS).

Azeredo, que hoje é presidente do PSDB, distribuiu nota em que afirma que as estatais possuem autonomia financeira, e que a SMPB é detentora legal dos três eventos: Iron Bike, Campeonato Mundial de Super Cross e Enduro da Independência.

"O processo iniciado pelo Ministério Público Estadual alega suposta improbidade administrativa pelo fato de não ter havido licitação ou contrato administrativo no patrocínio. Ora, para patrocínio não há exigência legal de licitação", afirma a nota.

A insistência de Fontana provocou a reação do secretário-geral do PSDB, deputado Bismarck Maia (CE). "Isso é provocação!", gritava o tucano. "Ninguém vai me calar!", reagia o petista.

"Puxar esse negócio para FHC é uma fraude", disse o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), que fez um desagravo a Azeredo. O próprio Valério saiu em defesa do presidente do PSDB. "Tenho até medo de falar bem de alguém atualmente, mas endosso [a declaração do senador Sérgio Guerra]."

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