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11/07/2005 - 17h28

Polícia conta R$ 600 mil em primeira mala de deputado do PFL

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

Com ajuda de uma máquina de contar cédulas, a Polícia Federal contabilizou que uma das sete malas que estavam em poder do deputado João Batista (PFL-SP) tinha R$ 600 mil em notas de R$ 10. A Polícia Federal calcula haver R$ 3 milhões em outra mala, com o mesmo tamanho, em notas de R$ 50.

As primeiras estimativas da PF indicam que a quantidade total do dinheiro nas sete malas é de pelo menos R$ 6 milhões.

Alan Marques/FI
O deputado João Batista Ramos durante entrevista na PF.
O deputado João Batista Ramos durante entrevista na PF.
A Polícia Federal apreendeu no início da manhã desta segunda-feira, em Brasília, sete malas cheia de dinheiro com Batista, que ia viajar para São Paulo. À polícia, o deputado, que também é bispo, afirmou que o dinheiro é oriundo do dízimo da Igreja Universal do Reino de Deus e que seria distribuído em diferentes regiões do país. Em cada uma das malas havia um papel com o suposto destino do dinheiro.

No início da tarde, o assessor jurídico da Câmara dos Deputados Marcos Vasconcelos esteve na PF para colher dados para o presidente da Casa, Severino Cavalcanti (PP-PE). Segundo Vasconcelos, se não ficar comprovada a origem do dinheiro, ato será configurado como crime contra o sistema financeiro.

Alan Marques / FI
Malas com dinheiro apreendidas pela PF
Malas com dinheiro apreendidas pela PF
Para a Polícia Federal, a situação do deputado não é confortável, já que até agora ele não explicou sobre a origem do dinheiro. O único documento entregue até o momento foi uma carta assinada pelo próprio deputado que informa que o dinheiro é da igreja. No entendimento preliminar da polícia, a carta não tem validade legal.

"Não é crime e nunca foi transportar moeda nacional em território nacional. Não há nenhum procedimento ilegal, não há nenhuma irregularidade", afirmou Paulo Vasconcelos, assessor do deputado.

O senador Marcelo Crivela (PL-RJ) leu hoje uma nota no plenário do Senado Federal em que confirma que o dinheiro vem de doações concedidas por fiéis à igreja.

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