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11/07/2005
-
19h11
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
A Polícia Federal já contou as notas de três das sete malas apreendidas na manhã desta segunda-feira, no aeroporto de Brasília, com o deputado João Batista (PFL-SP), bispo da Igreja Universal do Reino de Deus. A estimativa da PF, que de manhã calculou haver R$ 5 milhões na malas, subiu para R$ 10 milhões.
Nesta manhã, o deputado tentou embarcar para São Paulo com sete malas cheias de dinheiro, mas a PF apreendeu as malas depois de receber uma denúncia anônima.
Segundo a legislação, não é crime transportar altas somas de dinheiro nacional, mas, caso o dinheiro seja descoberto, o transportador é obrigado a revelar a fonte do dinheiro. A lei também prevê que as igrejas (não só a Universal, mas todas) estão isentas de pagar Imposto de Renda sobre doações.
Em nota, a Igreja Universal afirmou que centraliza o pagamento de despesas (impostos, aluguéis, empregados e contas de consumo) de todos os seus templos em sua sede nacional, no bairro paulista de Santo Amaro. A matriz também centraliza os controles contábeis e financeiros da igreja.
Segundo o comunicado da Igreja Universal, (o transporte de dinheiro em malas) "é uma decisão administrativa em função da burocracia do sistema bancário", e que "o dinheiro transportado no avião, apreendido pela Polícia Federal hoje, tinha como finalidade o depósito em São Paulo para pagamento das despesas referidas anteriormente".
Carta
Por meio de um porta-voz, que pediu para não ser identificado, a Igreja Universal do Reino de Deus informou que enviou por fax um comunicado sobre a origem do dinheiro. A PF, no entanto, ainda não confirmou a informação.
Para a Polícia Federal, a situação do deputado "não é confortável", já que até agora ele não explicou sobre a origem do dinheiro. O único documento entregue até o momento foi uma carta assinada pelo próprio deputado que informa que o dinheiro é da igreja. No entendimento preliminar da polícia, a carta não tem validade legal.
No início da noite, a PF prendeu 11 pessoas dentro do pátio da superintendência tidas como suspeitas de uma suposta tentativa de roubo do dinheiro apreendido hoje no aeroporto de Brasília com o deputado João Batista (PFL-SP).
Como os suspeitos estavam armados, a polícia temia que o grupo poderia tentar roubar o dinheiro. Segundo a polícia, na primeira abordagem, eles disseram que estavam fazendo segurança. Alguns deles se identificaram como policiais militares.
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da Folha Online, em Brasília
A Polícia Federal já contou as notas de três das sete malas apreendidas na manhã desta segunda-feira, no aeroporto de Brasília, com o deputado João Batista (PFL-SP), bispo da Igreja Universal do Reino de Deus. A estimativa da PF, que de manhã calculou haver R$ 5 milhões na malas, subiu para R$ 10 milhões.
Nesta manhã, o deputado tentou embarcar para São Paulo com sete malas cheias de dinheiro, mas a PF apreendeu as malas depois de receber uma denúncia anônima.
Segundo a legislação, não é crime transportar altas somas de dinheiro nacional, mas, caso o dinheiro seja descoberto, o transportador é obrigado a revelar a fonte do dinheiro. A lei também prevê que as igrejas (não só a Universal, mas todas) estão isentas de pagar Imposto de Renda sobre doações.
Em nota, a Igreja Universal afirmou que centraliza o pagamento de despesas (impostos, aluguéis, empregados e contas de consumo) de todos os seus templos em sua sede nacional, no bairro paulista de Santo Amaro. A matriz também centraliza os controles contábeis e financeiros da igreja.
Alan Marques / FI |
Malas com dinheiro apreendidas pela PF |
Carta
Por meio de um porta-voz, que pediu para não ser identificado, a Igreja Universal do Reino de Deus informou que enviou por fax um comunicado sobre a origem do dinheiro. A PF, no entanto, ainda não confirmou a informação.
Para a Polícia Federal, a situação do deputado "não é confortável", já que até agora ele não explicou sobre a origem do dinheiro. O único documento entregue até o momento foi uma carta assinada pelo próprio deputado que informa que o dinheiro é da igreja. No entendimento preliminar da polícia, a carta não tem validade legal.
No início da noite, a PF prendeu 11 pessoas dentro do pátio da superintendência tidas como suspeitas de uma suposta tentativa de roubo do dinheiro apreendido hoje no aeroporto de Brasília com o deputado João Batista (PFL-SP).
Como os suspeitos estavam armados, a polícia temia que o grupo poderia tentar roubar o dinheiro. Segundo a polícia, na primeira abordagem, eles disseram que estavam fazendo segurança. Alguns deles se identificaram como policiais militares.
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