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11/07/2005
-
19h21
da Folha Online
A Igreja Universal do Reino de Deus divulgou nota nesta segunda-feira em que afirma que o dinheiro apreendido pela Polícia Federal hoje no aeroporto de Brasília "é resultado de doações de fiéis".
A Polícia Federal deteve nesta manhã o deputado João Batista (PFL-SP), que responde como presidente da igreja, e mais seis pessoas que transportavam sete malas, com um total de pelo menos R$ 10 milhões. O dinheiro estava em notas de R$ 100, R$ 50, R$ 20, R$ 10 e até R$ 5. Nas três malas que foram abertas, a PF contabilizou R$ 5 milhões.
Segundo a legislação, não é crime transportar altas somas de dinheiro nacional, mas, caso o dinheiro seja descoberto, o transportador é obrigado a revelar a fonte do dinheiro. A lei também prevê que as igrejas (não só a Universal, mas todas) estão isentas de pagar Imposto de Renda sobre doações.
Na nota, a Igreja Universal afirmou que centraliza o pagamento de despesas (impostos, aluguéis, empregados e contas de consumo) de todos os seus templos em sua sede nacional, no bairro paulista de Santo Amaro. A matriz também centraliza os controles contábeis e financeiros da igreja.
Segundo o comunicado da Igreja Universal, (o transporte de dinheiro em malas) "é uma decisão administrativa em função da burocracia do sistema bancário", e que "o dinheiro transportado no avião, apreendido pela Polícia Federal hoje, tinha como finalidade o depósito em São Paulo para pagamento das despesas referidas anteriormente".
Ainda segundo o comunicado, "o dinheiro é resultado de doações dos fiéis em uma comemoração especial ocorrida ontem nos templos da Igreja Universal. Sábado, dia 9 de julho, comemorou-se o 28º aniversário de existência da IURD".
Suspeita
Para a Polícia Federal, a situação do deputado "não é confortável", já que até agora ele não explicou sobre a origem do dinheiro. O único documento entregue até o momento foi uma carta assinada pelo próprio deputado que informa que o dinheiro é da igreja. No entendimento preliminar da polícia, a carta não tem validade legal.
No início da noite, a PF prendeu 11 pessoas dentro do pátio da superintendência tidas como suspeitas de uma suposta tentativa de roubo do dinheiro apreendido hoje no aeroporto de Brasília com o deputado João Batista (PFL-SP).
Como os suspeitos estavam armados, a polícia temia que o grupo poderia tentar roubar o dinheiro. Segundo a polícia, na primeira abordagem, eles disseram que estavam fazendo segurança. Alguns deles se identificaram como policiais militares.
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A Igreja Universal do Reino de Deus divulgou nota nesta segunda-feira em que afirma que o dinheiro apreendido pela Polícia Federal hoje no aeroporto de Brasília "é resultado de doações de fiéis".
A Polícia Federal deteve nesta manhã o deputado João Batista (PFL-SP), que responde como presidente da igreja, e mais seis pessoas que transportavam sete malas, com um total de pelo menos R$ 10 milhões. O dinheiro estava em notas de R$ 100, R$ 50, R$ 20, R$ 10 e até R$ 5. Nas três malas que foram abertas, a PF contabilizou R$ 5 milhões.
Segundo a legislação, não é crime transportar altas somas de dinheiro nacional, mas, caso o dinheiro seja descoberto, o transportador é obrigado a revelar a fonte do dinheiro. A lei também prevê que as igrejas (não só a Universal, mas todas) estão isentas de pagar Imposto de Renda sobre doações.
Alan Marques/FI |
O deputado João Batista Ramos durante entrevista na PF. |
Segundo o comunicado da Igreja Universal, (o transporte de dinheiro em malas) "é uma decisão administrativa em função da burocracia do sistema bancário", e que "o dinheiro transportado no avião, apreendido pela Polícia Federal hoje, tinha como finalidade o depósito em São Paulo para pagamento das despesas referidas anteriormente".
Alan Marques / FI |
Malas com dinheiro apreendidas pela PF |
Suspeita
Para a Polícia Federal, a situação do deputado "não é confortável", já que até agora ele não explicou sobre a origem do dinheiro. O único documento entregue até o momento foi uma carta assinada pelo próprio deputado que informa que o dinheiro é da igreja. No entendimento preliminar da polícia, a carta não tem validade legal.
No início da noite, a PF prendeu 11 pessoas dentro do pátio da superintendência tidas como suspeitas de uma suposta tentativa de roubo do dinheiro apreendido hoje no aeroporto de Brasília com o deputado João Batista (PFL-SP).
Como os suspeitos estavam armados, a polícia temia que o grupo poderia tentar roubar o dinheiro. Segundo a polícia, na primeira abordagem, eles disseram que estavam fazendo segurança. Alguns deles se identificaram como policiais militares.
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