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13/07/2005 - 12h45

PF confirma que deputado e vereador viajaram com 11 malas de dinheiro em MG

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da Folha Online

A Polícia Federal confirmou nesta quarta-feira que o deputado estadual George Hilton (PFL) e o vereador de Belo Horizonte Carlos Henrique (PL) viajaram no último domingo com 11 malas de dinheiro.

Segundo a PF, os dois, que são pastores da Igreja Universal e voltavam de Poços de Caldas, foram abordados no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, mas liberados após afirmarem que o dinheiro seria de contribuição de fiéis.

Apreensões

Na última sexta-feira, os policiais detiveram no aeroporto de Congonhas o assessor parlamentar José Adalberto Vieira da Silva, 39, com R$ 200 mil em uma valise e US$ 100 mil presos ao corpo, na cueca. Já na segunda-feira, a PF apreendeu sete malas de dinheiro, que somavam R$ 10,2 milhões, com o deputado João Batista (PFL-SP), no aeroporto de Brasília.

O assessor parlamentar --exonerado do cargo-- trabalhava para o deputado estadual cearense José Nobre Guimarães (PT), irmão do ex-presidente do PT, José Genoino. O PT do Ceará decidiu suspender por 60 dias a filiação partidária de Adalberto.

Já o deputado João Batista, que informou à PF que os recursos seriam provenientes das doações feitas por fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus, da qual o deputado é presidente nacional, foi expulso do PFL. O dinheiro seria levado para São Paulo para então ser depositado na conta da igreja no Banco do Brasil. A PF trabalha com a hipótese de que haja crimes de evasão fiscal, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

"Mensalão"

As apreensões ocorrem em meio à crise do "mensalão", suposto esquema denunciado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) que envolveria transporte de dinheiro em malas para a compra de deputados.

Conforme os normativos do Banco Central, para circular com dólares dentro do país, a pessoa que transporta dinheiro tem de comprovar, com exibição de documentos, que os comprou de uma instituição autorizada.

Quanto aos reais, não há restrições, mas é incomum o transporte em espécie nesse volume. De qualquer maneira, não se configura crime o fato de carregar altas somas da moeda brasileira dentro do país.

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