Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/03/2010 - 16h30

Lula se reunirá semanalmente com PMDB para tentar resolver impasse nos Estados

Publicidade

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Na tentativa de solucionar impasses regionais à aliança do PT com o PMDB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se reunir semanalmente com a cúpula peemedebista para discutir os Estados em que a aliança nacional não tem acordo para se repetir.

A disposição do presidente, segundo o senador Romero Jucá (PMDB-RR), é negociar diretamente com o PMDB soluções que permitam a repetição da aliança nos Estados ou um comportamento que seja comum a todas as localidades onde não houver acordo.

"Toda semana vamos sentar com o presidente para fazer a avaliação do quadro político. A disposição do presidente é ajudar a construir essa posição. O casamento PT-PMDB está mais forte do que nunca", disse Jucá.

O senador se reuniu com Lula nesta quinta-feira, ao lado do presidente do PMDB, Michel Temer (SP), e do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O grupo vai se reunir toda semana, com a participação também do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), para discutir os impasses regionais à aliança PT-PMDB.

A aliança deve ser firmada em definitivo em junho, quando o PMDB realiza convenção nacional para anunciar o nome do vice-presidente que vai disputar a Presidência da República na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) --pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto. A ideia dos partidos é, até lá, superar as dificuldades que tornam inviável a aliança entre os dois partidos em diversos Estados.

Em Estados como Rio Grande do Sul e Minhas Gerais há dificuldades para a aliança nacional se repetir em nível local, já que os dois partidos têm candidatos distintos aos governos estaduais.

No Rio Grande do Sul, o ministro Tarso Genro (Justiça) já lançou sua pré-candidatura ao governo do Estado pelo PT, enquanto o ex-governador José Fogaça (PMDB) também já anunciou sua intenção de entrar na disputa.

Em Minas, por sua vez, o ministro peemedebista Hélio Costa (Comunicações) deve enfrentar nas urnas um petista --o ex-ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) ou o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel.

Também há dificuldades para a aliança no Rio de Janeiro, Pará e Mato Grosso do Sul --Estados em que pode haver candidatos do PT e do PMDB no confronto direto aos governos locais.

Vice

Temer é o nome da cúpula peemedebista para a vice numa decisão que, segundo Jucá, já está definida pelo partido. "Essa matéria já está definida. O PMDB tem posição, ninguém mudou nada. É uma posição vencida", afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ser indicado à vice no lugar de Temer, Jucá negou qualquer mudança.

"O presidente Henrique Meirelles é um excelente nome para disputar o governo de Goiás ou o Senado. Não queremos enfraquecer o Meirelles nem fortalecer o Temer. Os dois são fortes, não lutam na balança para ver quem é mais forte", afirmou.

Dentro do PT, o nome de Meirelles é visto por alguns petistas como sendo mais favorável à candidatura de Dilma do que o de Temer. Um grupo de petistas avalia que, por ser presidente do Banco Central, Meirelles poderia tranquilizar o mercado econômico quanto à disposição da pré-candidata do PT de manter as atuais políticas em vigor.

Jucá disse que o indiciamento de Meirelles pelo Ministério Público Federal por supostos crimes contra a ordem tributária não enfraquecem o seu nome nas eleições de outubro.

"Ninguém sabe o que é. Qualquer um pode ser investigado e todo mundo tem o direito de se defender", afirmou.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página